A movimentação do sol ao longo do ano influencia diretamente nosso cotidiano em várias partes do mundo, alterando horários e rotinas conforme as estações mudam. Enquanto o verão é marcado por dias mais longos e maior disponibilidade de luz natural — convidando a atividades ao ar livre e afetando nossos ciclos de sono —, o inverno traz consigo noites mais extensas e a necessidade de ajustes nos horários em diversos países. Embora o Brasil tenha abolido o horário de verão desde 2019, os impactos dessas mudanças globais permanecem presentes na comunicação internacional, nos hábitos energéticos e na adaptação das populações. Vamos entender, neste artigo, como as alterações na posição solar e nos horários afetam a vida cotidiana não apenas no Brasil, mas no cenário mundial.
- Fim do horário de verão no Brasil: Desde 2019, o Brasil não participa mais dessa prática.
- Continuidade mundial: Muitos países ainda mudam seus relógios conforme as estações, como ocorre em grande parte da Europa, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
- Impactos globais: O fuso horário internacional pode confundir comunicações, principalmente durante os períodos de mudanças sazonais.
No Brasil, as estações do ano têm datas bem definidas, baseadas nos solstícios e equinócios. A primavera começa por volta do dia 22 ou 23 de setembro (equinócio de primavera), quando a duração do dia e da noite é igual. O verão, por sua vez, inicia-se por volta do dia 21 ou 22 de dezembro (solstício de verão), o dia mais longo do ano no hemisfério sul.
O que mudou com o fim do horário de verão no Brasil?
Por muitos anos, o Brasil adiantou seus relógios para aproveitar melhor a luz do dia e economizar energia. No entanto, a partir de 2019, o horário de verão foi encerrado, estabelecendo um fuso horário fixo durante o ano todo. Essa mudança trouxe simplicidade para os brasileiros, eliminando a necessidade de ajustes sazonais no relógio.

Como funciona o horário de inverno e qual é a situação atual na Europa?
Na Europa, o término do verão sinaliza a chegada do chamado horário de inverno. Durante esse período, os relógios são atrasados em uma hora — por exemplo, na Espanha em 2025, a mudança ocorre na madrugada de 26 de outubro: às 3h, os relógios retornam para 2h. Com isso, o sol começa a nascer entre 8h e 8h30 e a se pôr entre 17h30 e 18h em Madrid. Essa alteração visa, em teoria, proporcionar mais luz natural nas primeiras horas do dia e, assim, reduzir gastos com iluminação artificial. No entanto, especialistas como Ricardo Margalejo, da Gana Energía, apontam que avanços na eficiência energética e mudanças nos hábitos de consumo das residências diminuíram bastante o impacto dessa economia atualmente.
O ajuste de horário foi criado séculos atrás, com Benjamin Franklin sendo um dos pioneiros a sugerir acordar mais cedo para aproveitar a luz do sol e economizar no uso de óleo e velas, em 1784. Ainda, a prática foi implementada por vários países durante a Primeira Guerra Mundial como medida de economia. Na Espanha, o ajuste foi oficializado em 1918, sendo adotado regularmente desde 1974 após a crise energética dos anos 1970.
Quando começa o novo horário de inverno na Europa?
Segundo o Real Decreto 236/2002 e diretrizes europeias, o horário de verão europeu se inicia no último domingo de março e termina no último domingo de outubro de cada ano, quando os relógios são atrasados uma hora. A Comissão Europeia publicou, até 2026, o calendário das datas dessas mudanças, garantindo clareza para a população e para as atividades econômicas e sociais envolvidas.
Por que alguns países mantêm o horário de verão?
Embora o Brasil tenha optado por terminar a prática, várias nações — como os Estados Unidos, Canadá e países europeus — continuam a alternar seus horários conforme as estações. O objetivo inicial era otimizar o uso da luz natural e poupar energia, especialmente durante crises energéticas. Contudo, novas tecnologias e hábitos de consumo vêm reduzindo o real impacto dessas medidas.
Nos países do hemisfério norte, as estações seguem ciclo oposto ao do Brasil: o outono começa em 22 ou 23 de setembro (equinócio de outono) e o inverno, em 21 ou 22 de dezembro (solstício de inverno), o dia mais curto do ano. Na Europa e Estados Unidos, a mudança para o horário de inverno implica no atraso dos relógios e, consequentemente, no ajuste dos horários de sol.

Que impactos as mudanças sazonais de horário trazem para a saúde e para o futuro?
Mudar o relógio pode parecer uma ação simples, porém o ritmo circadiano — fortemente conectado à luz natural e padrões de sono — pode ser afetado. Especialistas indicam que nas semanas seguintes à mudança de hora, sintomas como insônia, fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração podem ser sentidos, geralmente de três dias até duas semanas, até que o corpo se adapte.
O debate sobre a continuidade da mudança de horário ganhou força nos últimos anos. Em 2019, a Comissão Europeia propôs eliminar a prática, delegando a cada país a decisão de qual horário manter. Embora o Parlamento Europeu tenha votado pela abolição em 2021, a questão permanece suspensa. Até 2026, as mudanças continuam vigentes em toda a União Europeia, enquanto se aguardam novas decisões dos órgãos europeus.
Como é a mudança de horário nos países que ainda adotam o horário de verão?
- Hemisfério Norte (Estados Unidos e Europa): Mudança para o horário de verão ocorre geralmente no segundo domingo de março, e retorno ao padrão no último domingo de outubro (Europa) ou primeiro domingo de novembro (Estados Unidos). Isso altera temporariamente a diferença de fuso horário em relação ao Brasil.
- Hemisfério Sul (Austrália e Nova Zelândia): Mudança para o horário de verão ocorre em outubro e o retorno ao padrão em abril.
É essencial estar atento a essas datas e mudanças, pois afetam diretamente a comunicação internacional e a rotina de quem trabalha ou mantém contato com pessoas em outros países.
Como os brasileiros no exterior lidam com as mudanças de fuso horário?
Para quem vive ou viaja ao exterior, principalmente para a Europa durante as mudanças para o horário de inverno, compreender as alterações de fuso horário é fundamental. Essas alterações podem afetar reuniões e compromissos. Utilize sempre ferramentas online, como World Time Buddy, para garantir que nenhuma diferença de horário passe despercebida.
De que forma o verão altera a rotina diária no Brasil?
O verão brasileiro traz dias mais longos, mesmo sem ajuste de horário. O sol nasce mais cedo e se põe mais tarde, aumentando as horas de luz natural. Isso ocorre devido ao solstício de verão, marcado entre 21 ou 22 de dezembro, quando se registra o dia mais longo do ano no território nacional.
A seguir, veja uma projeção dos horários de nascer e pôr do sol em algumas capitais durante o verão:
- Manaus (AM): Nascer às 5h45 e pôr às 18h.
- Fortaleza (CE): Nascer às 5h20 e pôr às 17h40.
- Brasília (DF): Nascer às 5h50 e pôr às 18h50.
- São Paulo (SP): Nascer às 6h e pôr às 19h.
- Porto Alegre (RS): Nascer às 5h30 e pôr às 20h.
Como a comunidade internacional gerencia as mudanças nos horários?
No hemisfério norte, a prática de ajuste dos horários se mantém para alinhar jornadas de trabalho à luz solar. Organismos internacionais, como a ONU, e grandes empresas globais adotam horários universais (UTC) para minimizar confusões, especialmente em períodos de transição entre horário de verão e de inverno.
Como gerir diferenças de fuso horário? Exemplos e dicas
Entender como diferentes países ajustam seus horários é essencial para quem interage globalmente. Confira exemplos de impacto na comunicação internacional:
- Estados Unidos (Costa Leste): Normalmente, 1 a 2 horas atrás do Brasil; variação durante mudanças de horário.
- Portugal/Espanha: Geralmente, 3 horas à frente do Brasil; durante o horário de verão europeu, diferença amplia para 4 horas.
- Japão: 12 horas de diferença, permanece constante ao longo do ano.
- Austrália (Sydney): 13 a 14 horas de diferença, conforme o horário de verão australiano.
Para evitar erros com fusos, utilize aplicativos como Google Agenda ou World Time Buddy, que ajustam mudanças automaticamente e facilitam agendamentos internacionais.
Quais os principais cuidados para gerir o tempo internacionalmente?
- O Brasil mantém um horário constante, mas outros países variam, especialmente Europa e Estados Unidos.
- A comunicação global exige atenção aos fusos horários sazonais, sobretudo em períodos de troca para horário de inverno ou verão.
- Recorra sempre a ferramentas digitais para conferência dos horários e evite desencontros em compromissos internacionais.