O golpe da maquininha se espalhou pelo país e já causou perdas bilionárias. Com novas estratégias, criminosos se passam por taxistas e usam maquininhas adulteradas para capturar senhas e trocar cartões sem que a vítima perceba.
- Prejuízo estimado chega a R$ 4,8 bilhões em um ano;
- Estelionatos cresceram mais de 400% em seis anos;
- Golpistas simulam ser taxistas e usam maquininhas adulteradas.
Como funciona o novo golpe da maquininha?
O esquema começa com falsos taxistas que se passam por profissionais credenciados. Ao final da corrida, o passageiro é informado de que a maquininha não aceita PIX ou pagamento por aproximação, sendo induzido a usar o cartão físico.
Nesse momento, o cliente digita a senha em um dispositivo adulterado. Enquanto simula falhas na conexão, o golpista anota os dados e, em um descuido, troca o cartão verdadeiro por outro semelhante, garantindo acesso total à conta da vítima.

Quais estratégias os criminosos utilizam para enganar as vítimas?
O golpe é sofisticado e conta com artifícios para distrair passageiros. Além da troca de cartões, botões camuflados permitem que os criminosos registrem a senha digitada, tornando mais fácil realizar compras de alto valor.
- Encenações de pane no carro ou pressa para forçar decisões rápidas;
- Uso de maquininhas sem visor, com tela exibida apenas em celular;
- Troca rápida de cartões durante a confusão do pagamento.
Quais foram os casos mais emblemáticos registrados?
Aposentados e passageiros distraídos estão entre os principais alvos. Em São Paulo, uma vítima perdeu quase R$ 5 mil após ter seu cartão trocado sem perceber. O prejuízo só foi descoberto ao checar o extrato bancário.
O médico Thales Bretas, viúvo do humorista Paulo Gustavo, também caiu no golpe. Em um falso táxi no Rio, ele foi induzido a usar cartão físico em uma maquininha adulterada, sofrendo uma cobrança de mais de R$ 4 mil.
Por que o golpe cresce tanto em comparação a outros crimes?
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, os estelionatos aumentaram mais de 400% em seis anos, enquanto os roubos caíram 51% no mesmo período. O menor risco de flagrante favorece a disseminação desses crimes digitais.
- Estelionatários conseguem ganhos de até R$ 17 mil por vítima;
- Há cursos e sites que ensinam técnicas de clonagem e troca;
- Organizações criminosas preferem fraudes a crimes violentos.

Como se proteger contra o golpe da maquininha?
- Prefira aplicativos de transporte com pagamento incluído na corrida;
- Utilize pontos oficiais de táxi com motoristas cadastrados;
- Dê prioridade a pagamentos via PIX ou cartão por aproximação.