Pensar em comida o tempo todo pode ir além da fome: segundo a especialista May Morón, a raiz pode estar em dietas restritivas, estresse ou carências emocionais. Entenda como transformar essa relação e recuperar equilíbrio.
- Descubra por que a comida ocupa tanto espaço na mente
- Veja como ansiedade e dietas restritivas aumentam a obsessão
- Aprenda técnicas práticas para recuperar equilíbrio e liberdade
Por que algumas pessoas não conseguem parar de pensar em comida?
A nutricionista May Morón explica que comer faz parte da vida e da cultura, mas quando os pensamentos se tornam excessivos, é sinal de que algo precisa de atenção. Muitas vezes, a comida vira centro da rotina e rouba energia.
Esse padrão está associado a dietas restritivas, emoções não cuidadas e até diálogos internos críticos. A mente permanece ocupada com o que comer ou não, reforçando um ciclo de obsessão e culpa que afeta diretamente o bem-estar.

Quais fatores mais influenciam essa obsessão por alimentos?
Segundo a especialista, não se trata de falta de força de vontade. O problema é multifatorial e envolve tanto aspectos nutricionais quanto emocionais. Essa combinação gera pensamentos recorrentes e dificuldade em desligar da comida.
- Ansiedade e estresse: aumentam desejos por alimentos palatáveis, como doces e frituras.
- Cultura da dieta: reforça a ideia de alimentos “proibidos”, que se tornam ainda mais desejados.
- Carências emocionais: descanso, afeto e calma muitas vezes são substituídos pela comida.
Como essa relação afeta autoestima e saúde mental?
Quando a comida se transforma em obsessão, o corpo passa a ser visto como um campo de batalha. Dietas sucessivas intensificam a desconexão com as próprias necessidades, prejudicando tanto a autoestima quanto a autoconfiança.
A especialista reforça que não é uma questão de disciplina pessoal, mas da necessidade de mudar a perspectiva sobre alimentação. Libertar-se da mentalidade de dieta é essencial para restabelecer uma relação mais saudável com o corpo.

O que o corpo pode estar sinalizando quando pensa tanto em comida?
Para May Morón, a fome constante pode indicar que o corpo não está recebendo nutrientes suficientes. Déficits de proteínas, fibras e gorduras boas dificultam a saciedade e fazem com que o organismo busque energia extra.
- Fome frequente pode ser reflexo de dietas muito restritivas.
- O corpo envia sinais quando não recebe combustível adequado.
- Carência de prazer alimentar pode gerar busca por ultraprocessados.
Quais estratégias práticas ajudam a recuperar equilíbrio alimentar?
A especialista sugere integrar corpo, mente e emoções. Não se trata de comer perfeito, mas de criar uma relação consciente e equilibrada com a comida, reduzindo a culpa e devolvendo liberdade ao dia a dia.
- No físico: fazer refeições suficientes, incluir proteínas, fibras e gorduras saudáveis, e praticar alimentação consciente.
- No emocional: perguntar-se se é fome real ou necessidade de afeto, e buscar outras fontes de prazer.
- No mental: cultivar um diálogo interno compassivo e abandonar crenças rígidas sobre restrição alimentar.