O micro-ondas é um eletrodoméstico presente em muitas cozinhas, facilitando o dia a dia com sua praticidade e agilidade no aquecimento de refeições. No entanto, seu uso inadequado pode trazer riscos à saúde, como a contaminação alimentar ou a liberação de compostos químicos. As ondas eletromagnéticas deste aparelho não aquecem de maneira uniforme, o que pode deixar algumas partes dos alimentos frias enquanto outras são aquecidas. Este fenômeno de aquecimento desigual pode permitir que bactérias ou toxinas continuem no alimento, além de, em alguns casos, resultar na formação de compostos prejudiciais.
Algumas das principais organizações de saúde, como a Food and Drug Administration dos Estados Unidos e a Organização de Consumidores e Usuários (OCU), alertam para os perigos do uso incorreto do micro-ondas. Estes incluem o risco de intoxicações alimentares e até a perda de nutrientes valiosos dos alimentos. Estudos apontam que determinados tipos de alimentos não devem ser reaquecidos no aparelho devido a esses riscos. O arroz, por exemplo, é um dos alimentos que devem ser evitados ao reaquecer no micro-ondas.
Quais alimentos não são recomendados para usar no micro-ondas?
Segundo o American Journal of Epidemiology e o National Institutes of Health, existem certos alimentos que não devem ser aquecidos no micro-ondas. Alimentos como ovos cozidos podem explodir devido ao calor intenso. Além disso, vegetais como espinafre e beterraba, ao serem aquecidos no micro-ondas, podem causar a formação de nitrosaminas, que são compostos potencialmente cancerígenos. Além desses, também é recomendado não aquecer batatas já cozidas, pois elas podem desenvolver bactérias perigosas, como a Clostridium botulinum, se não forem armazenadas corretamente. Outro exemplo são as carnes processadas, que, quando reaquecidas, podem apresentar um aumento nos níveis de colesterol oxidado, o qual está associado a problemas de saúde.

Por que deve-se evitar o uso de plásticos no micro-ondas?
Não é apenas o tipo de alimento que impõe cuidados ao usar o micro-ondas. Os recipientes usados também são um fator crucial para garantir a segurança. A OCU destaca que muitos plásticos, quando aquecidos, liberam substâncias químicas como Bisfenol A (BPA) e ftalatos. Estes compostos são prejudiciais ao sistema endócrino e podem causar uma série de problemas de saúde a longo prazo. Assim, é prudente utilizar recipientes de vidro ou cerâmica que são seguros e não liberam essas substâncias. Inclusive, existem recipientes plásticos próprios para micro-ondas disponíveis no mercado, geralmente identificados por símbolos específicos na embalagem, que indicam a compatibilidade e segurança do material ao ser submetido ao aquecimento.
Quais alternativas existem ao micro-ondas?
Para aqueles que buscam opções mais seguras para aquecer alimentos, métodos alternativos como o uso do fogão ou do forno convencional podem ser viáveis para garantir um aquecimento mais uniforme e preservar melhor os nutrientes dos alimentos. Estes métodos contribuem para reduzir o risco de intoxicações e também garantem que os alimentos mantenham suas propriedades nutricionais e sabor. Em algumas situações, utilizar panelas elétricas ou vaporizadores de alimentos também pode ser uma boa alternativa, especialmente para quem busca praticidade aliada à segurança alimentar. Ressalta-se ainda que tecnologias como o air fryer estão ganhando espaço como alternativa ao micro-ondas para o aquecimento e preparo rápido de alimentos.
Conhecer quais alimentos e recipientes são seguros para uso no micro-ondas pode ser uma precaução essencial. Ao seguir estas orientações, é possível desfrutar dos benefícios deste prático eletrodoméstico sem expor a saúde a riscos desnecessários. Desta forma, pequenos cuidados podem fazer toda a diferença em manter uma alimentação saudável e livre de complicações.