A expansão do programa Minha Casa, Minha Vida – Cidades busca enfrentar o desafio habitacional no Vale da Celulose, localizado em Mato Grosso do Sul. Essa ação faz parte de um esforço conjunto entre o governo federal e os municípios para proporcionar moradia acessível às famílias de baixa renda, de modo a equilibrar o crescimento industrial com necessidades sociais básicas. Sem um orçamento específico apresentado, o programa propõe parcerias que envolvem doações de terrenos e contrapartidas locais, com o objetivo central de minimizar o déficit habitacional na região.
O Vale da Celulose, que surge como um dos principais polos de produção nacional com 24% da celulose do país, vive uma pressão habitacional devido à migração de trabalhadores atraídos pelo crescimento das indústrias do setor. A partir de 2023, o programa beneficiou diversas localidades, como Ribas do Rio Pardo, que apresentou um déficit estimado de 2 mil moradias. Esta localidade, onde o déficit é impulsionado pela atividade industrial, é um exemplo da necessidade de planejamento urbano eficaz combinado com um suporte habitacional robusto.
Qual é o impacto da indústria de celulose na habitação local?

O avanço da indústria de celulose em Mato Grosso do Sul representa uma oportunidade econômica significativa, mas também trouxe desafios consideráveis para o setor habitacional. O crescimento acelerado fez com que cidades da região experimentassem uma oferta desproporcional de empregos em relação à disponibilidade de moradias, resultando em alta nos preços de imóveis e alugueis locais.
Este impacto é ressaltado pelas projeções de geração de 100 mil novos empregos até 2032, impulsionado por investimentos na ordem de R$ 100 bilhões, acentuando a necessidade urgente de soluções de moradia.
Como o programa Minha Casa, Minha Vida auxilia as famílias no Vale da Celulose?
O Minha Casa, Minha Vida – Cidades oferece subsídios federais de até R$ 55 mil por imóvel, com potencial de aumento por meio de parcerias locais, permitindo que famílias troquem o aluguel por prestações acessíveis em habitações próprias.
Esse modelo visa integrar a oferta de moradias à realidade socioeconômica do Vale da Celulose, viabilizando um equilíbrio entre desenvolvimento industrial e demandas habitacionais. Essa estratégia inclui a seleção de 572 novas unidades para projetos e a autorização para contratação de investimentos de R$ 45,9 milhões com fins habitacionais.
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Quais são os desafios e soluções para o déficit habitacional em Ribas do Rio Pardo?
Com a instalação da maior fábrica de celulose do mundo pela Suzano em 2023, Ribas do Rio Pardo enfrenta um desafio habitacional crucial. Com capacidade de produção de 2,55 milhões de toneladas anuais, a fábrica trouxe um fluxo significativo de empregos diretos, aumentando a necessidade de moradias.
As audiências públicas e as iniciativas propostas buscam trazer à tona soluções que envolvam todos os stakeholders, incluindo prefeitos, empresas e a sociedade civil, para enfrentar os desafios de um desenvolvimento que contemple tanto o crescimento econômico quanto a justiça social.