A perda de pelos na região periocular dos animais de estimação representa um sinal importante de possíveis distúrbios dermatológicos ou sistêmicos. Tipicamente, se apresenta com áreas de pele visível ao redor dos olhos, acompanhadas de crostas, vermelhidão, ressecamento ou irritação cutânea. Além do aspecto estético, é um alerta para a saúde geral do animal, exigindo atenção por parte dos tutores e avaliação veterinária rápida.
A origem desse fenômeno é multifatorial: pode ser causada por infecções locais, alergias, parasitas ou traumas. O sintoma de coceira intensa está frequentemente presente, com o animal tendendo a esfregar a área afetada, agravando a lesão. Um diagnóstico precoce é fundamental para conter o agravamento da situação cutânea e prevenir complicações mais graves, como infecções secundárias.
Como os sintomas da perda de pelos periocular tendem a progredir rapidamente, é importante monitorar qualquer alteração na pele ao redor dos olhos e buscar imediatamente o veterinário. A observação diária, junto à consciência sobre sinais de desconforto do animal, é o primeiro passo para preservar o bem-estar geral do pet.
Causas mais comuns da perda de pelo ao redor dos olhos

Entre as principais causas, a sarna demodécica se destaca como condição inflamatória devido à presença de ácaros Demodex, mais frequente em cães jovens e sensíveis. Se apresenta com manchas sem pelo bem definidas, por vezes avermelhadas e descamadas. Na ausência de tratamento, a doença pode se espalhar, causando desconforto e piora clínica.
Reações alérgicas, seja a fatores ambientais ou alimentares, são outras causas comuns, manifestando-se com coceira localizada, vermelhidão e perda progressiva de pelos. Infecções bacterianas ou fúngicas também podem acometer a região periocular, frequentemente associadas a secreções anormais que agravam o estado da pele.
Por fim, a presença de parasitas externos, como pulgas e carrapatos, ou traumas, como arranhões repetidos, contribuem para o surgimento de alopecia localizada. Menos comum, mas também possível, é o envolvimento de patologias hormonais que alteram o crescimento normal dos pelos.
A importância do diagnóstico veterinário
Uma consulta veterinária é essencial para correta identificação da origem da perda de pelo. Por meio do exame clínico, o veterinário pode identificar sinais específicos, avaliar o comportamento do animal e coletar informações relevantes do tutor.
Frequentemente, são necessários exames adicionais como raspados cutâneos, citologia ou testes sanguíneos para diferenciar entre infecções, parasitoses ou disfunções endócrinas. O diagnóstico preciso permite a definição de terapias direcionadas e personalizadas para cada paciente.
Após o início das terapias, é recomendável agendar retornos regulares para monitorar a resposta ao tratamento e realizar possíveis ajustes, garantindo plena recuperação ao animal e reduzindo o risco de recidivas.
Prevenção e manejo da queda de pelos ao redor dos olhos
Manter uma dieta equilibrada, rica em vitaminas e minerais específicos, fortalece o sistema imunológico e a saúde da pele do pet. O uso regular de produtos antiparasitários é fundamental para evitar infestações que podem causar a alopecia.
Na presença de alergias, o veterinário poderá recomendar mudanças na dieta ou introdução de alimentos hipoalergênicos para reduzir reações adversas. Uma higiene adequada do ambiente doméstico limita a exposição a potenciais alérgenos e agentes patogênicos.
A identificação precoce de sintomas como coceira ou vermelhidão possibilita uma intervenção mais rápida e eficaz, diminuindo a duração e gravidade das manifestações cutâneas perioculares.
Gestão comportamental e bem-estar emocional do animal
O estresse e a ansiedade podem afetar negativamente a saúde da pele, levando o animal a esfregar excessivamente a região e a se automutilar. Técnicas para manejo do estresse, como enriquecimento ambiental e rotina diária regular, contribuem para o bem-estar físico e psicológico do pet.
Consultar um comportamentalista animal pode ser especialmente útil nos casos de autoagressão ou quando o desconforto emocional influencia a persistência dos sintomas cutâneos. Intervenções direcionadas melhoram a qualidade de vida e a recuperação clínica.
Dar carinho e dedicar tempo ao animal, associando atividades positivas ao cuidado diário, ajuda a criar um ambiente doméstico mais calmo e acolhedor, minimizando o impacto do estresse.
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Quando procurar o veterinário: sinais que não devem ser ignorados
Recomenda-se consultar o veterinário em casos de coceira persistente, secreções oculares anormais ou piora do aspecto da pele ao redor dos olhos. Um atendimento rápido favorece uma recuperação mais rápida e previne complicações.
Sinais como apatia, perda de apetite ou alterações no comportamento associados à queda de pelo podem indicar condições sistêmicas mais graves e requerem avaliação imediata. A parceria com o veterinário é fundamental em todas as etapas do cuidado.
Por fim, o monitoramento contínuo do animal, aliado a hábitos de prevenção e cuidados, representa a melhor maneira de garantir saúde e bem-estar ao seu companheiro de quatro patas.