A febre-amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos infectados e segue impactando comunidades em diversas regiões do Brasil, com novos casos ainda sendo registrados. Recentemente, Patos de Minas, no Alto Paranaíba, notificou o primeiro caso do ano, conforme divulgou a Secretaria Municipal de Saúde. A vítima, uma idosa vacinada previamente, apresentou apenas sintomas leves como mal-estar e desidratação, o que reforça a importância da imunização. A resposta rápida das equipes de saúde local foi decisiva para evitar a disseminação do vírus no município.
Após a suspeita inicial, a paciente foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento, onde exames descartaram dengue. Seguindo protocolo, amostras de sangue foram enviadas à Fundação Ezequiel Dias e a confirmação da febre-amarela veio após três testes positivos. Este caso acendeu o alerta para a vigilância e resposta rápidas, destacando a eficácia dos protocolos de monitoramento e notificação precoce de doenças transmitidas por mosquitos.
O que é a febre-amarela e como ocorre a infecção?

A febre-amarela é uma doença viral típica de áreas tropicais da África e América Latina, causada pelo vírus da família Flaviviridae. A transmissão ocorre quando uma pessoa é picada por mosquitos infectados, como os dos gêneros Aedes e Haemagogus.
Os sintomas iniciais podem ser inespecíficos, como febre, dor de cabeça, náuseas e falta de apetite, podendo evoluir para formas graves com risco de óbito. A variação na gravidade depende de fatores como histórico vacinal e idade do paciente.
Quais são as medidas preventivas para controlar a febre-amarela?
A vacinação em massa é a principal medida de prevenção, sendo recomendada para toda a população de áreas de risco. Em Patos de Minas, mais de 80% da população já está vacinada, mas a meta é alcançar 100% de cobertura.
Além da vacinação, as autoridades intensificam ações de vigilância, controle de mosquitos e educação da população sobre comportamentos de risco. O monitoramento de casos suspeitos e a rápida investigação de mortes de primatas também são essenciais para evitar surtos.
Os macacos transmitem a febre-amarela?
É importante esclarecer que os macacos não transmitem a febre-amarela aos humanos, mas também adoecem e podem morrer em decorrência da mesma. Eles funcionam como sentinelas naturais, indicando a circulação do vírus em determinada área.
No município, amostras de macacos mortos são enviadas para análise, auxiliando a detectar a presença do vírus localmente. Esse monitoramento colabora para direcionar as ações de prevenção e proteger tanto pessoas quanto animais.
Leia mais: Vacina desenvolvida no Brasil pode proteger contra dengue e zika
Como a população pode se proteger da febre-amarela?
A vacinação é a maneira mais eficaz de evitar a doença. É fundamental que todos mantenham o cartão de vacinação atualizado e, em caso de dúvida, procurem uma unidade de saúde para se informar ou receber a dose.
Também é recomendado adotar medidas de proteção contra picadas de mosquitos, como o uso de repelentes, roupas compridas e telas em portas e janelas. Essas ações simples auxiliam na prevenção da febre-amarela e de outras arboviroses.