Superar barreiras cronológicas e alcançar idades superiores a 110 anos é uma façanha conquistada por apenas alguns poucos no planeta. Estudos recentes têm se concentrado em entender como a Genética e o estilo de vida contribuem para tais longas jornadas de vida. No centro dessas investigações, a análise do genoma de indivíduos supercentenários, como Maria Branyas Morera, destaca-se por oferecer insights valiosos sobre os mecanismos envolvidos no envelhecimento saudável.
Maria Branyas Morera, uma espanhola de nascimento americano e ex-recordista de longevidade, teve sua Genética minuciosamente estudada por pesquisadores para desvendar o mistério por trás de sua longevidade. O estudo recente publicado na Cell Reports Medicine enfoca a combinação única de Genética e hábitos de vida que podem ter levado Branyas a viver até os 117 anos. Este trabalho ressalta a influência dos componentes genéticos na proteção contra doenças relacionadas à idade, além de salientar a importância de um estilo de vida saudável.
Quais fatores genéticos influenciaram a longevidade de Morera?
O exame do genoma de Branyas revelou variações em genes críticos relacionados à função imunológica, retenção cognitiva e metabolismo de gorduras, todos associados a um envelhecimento saudável. Genearenas como estas desempenham papéis decisivos no fortalecimento da saúde cerebral e na prevenção de doenças cardiovasculares. Este conjunto genético parece agir em sinergia para retardar o declínio físico comum em idades avançadas.

Outra descoberta foi a presença de genes que potencialmente influenciam um microbioma intestinal mais jovem. Estudos sugerem que certos hábitos alimentares, como o consumo elevado de iogurte, podem manter a flora intestinal equilibrada e reduzir inflamações, contribuindo para uma vida mais saudável.
Como o estilo de vida impactou a saúde de Branyas?
Além da Genética , o estilo de vida ativo e a dieta mediterrânea da supercentenária espanhola contribuíram significativamente para sua saúde robusta. Maria Branyas praticava exercícios regulares, como caminhadas diárias, e consumia alimentos saudáveis, incluindo azeite e iogurte, que são componentes clássicos da dieta mediterrânea. Seu hábito de ingerir três porções de iogurte diariamente pode ter sido um diferencial, ajudando a proteger seu organismo através da manutenção de um microbioma intestinal equilibrado.
A pesquisa enfatiza que, enquanto Maria Branyas pôde se beneficiar de uma espécie de loteria Genética, seus hábitos saudáveis foram igualmente cruciais para sua longevidade. Estima-se que metade de sua extensa vida se deve ao seu código genético, e a outra metade aos seus hábitos cotidianos.
A pesquisa em supercentenários pode beneficiar a sociedade em geral?
Estudos como o de Branyas oferecem pistas sobre como o envelhecimento pode ser gerenciado para melhorar a qualidade de vida em idades avançadas. O objetivo dos cientistas não é necessariamente estender a expectativa de vida para idades ultra-altas, mas sim maximizar os anos de vida saudável. A identificação de genes e proteínas envolvidos no envelhecimento saudável pode orientar o desenvolvimento de novos medicamentos que visem esses processos específicos.
Para a comunidade científica, é crucial entender que a saúde debilitada na velhice não é uma inevitabilidade. Múltiplas vias biológicas podem ser ajustadas, levando ao envelhecimento saudável e à redução do tempo vivido em condições médicas adversas. Embora ainda haja muito a explorar, cada estudo em supercentenários adiciona uma peça valiosa ao intrincado quebra-cabeça do envelhecimento.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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