Minas Gerais está contemplando uma medida significativa para gerenciar sua dívida pública: a transferência de parte de seus imóveis para a união. Este plano integra o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados, proposto pelo governo federal, e busca mitigar a dívida considerável do estado, atualmente na casa das centenas de bilhões de reais. Entre os imóveis discutidos estão propriedades de alta relevância administrativa e cultural em Belo Horizonte, como a sede do governo estadual.
Esse processo ainda está em fase de análise na Assembleia Legislativa, e já há propostas para modificar certos aspectos. Uma preocupação notável é garantir que a gestão de imóveis de instituições autônomas, como fundações, em termos de patrimônio, seja clara e não prejudique a autonomia dessas entidades. É essencial que qualquer mudança de posse destes imóveis seja bem delineada para preservar interesses existentes.
Como está sendo conduzida a análise do projeto?

O projeto está sob revisão na Comissão de Constituição e Justiça, onde ajustes estão sendo feitos para corrigir propostas iniciais que carecem de solidez jurídica.
A prioridade é assegurar que imóveis pertencentes a instituições autônomas sejam corretamente transferidos para o domínio estatal antes de qualquer alienação adicional.
Quais são os desafios enfrentados na tramitação política?
A resistência ao projeto vem principalmente da oposição, que exige maior transparência e dados detalhados sobre a transação dos imóveis.
Essa preocupação se centra na garantia de que as transferências sejam benéficas para o estado a longo prazo e que o patrimônio público não seja comprometido indevidamente.
Como funcionará o processo de alienação dos imóveis?
Para os imóveis que não forem imediatamente aceitos pela União, está previsto o uso de leilões. Caso esses leilões falhem, haverá a possibilidade de realização de outros, com aplicação de descontos progressivos no valor dos imóveis.
Se duas tentativas de venda falharem, a opção de uma venda direta será considerada. O projeto também prevê a contratação de corretores especializados para ajudar a facilitar as transações.
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Quais critérios definem a inclusão de imóveis na proposta?
A seleção dos imóveis elegíveis para este plano é baseada em critérios claros: devem ter valor de mercado significativo ou área considerável, preferindo-se imóveis que estão atualmente subutilizados ou desocupados. Além disso, a capacidade de regularização e de transferência legal dos imóveis é um requisito essencial para a inclusão no programa.
O avanço deste projeto será crucial para definir como Minas Gerais conseguirá administrar sua dívida pública de maneira efetiva, enquanto equilibra interesses locais e federais. Os ajustes e análises em curso serão decisivos para garantir soluções viáveis e vantajosas para todas as partes envolvidas.