Um estudo internacional com mais de 700 participantes revelou que jogadores não têm prejuízos psicológicos em relação a não jogadores e, em alguns casos, desenvolvem estratégias de enfrentamento mais maduras.
- Jogadores e não jogadores têm perfis emocionais semelhantes
- Videogames não estão ligados a isolamento social
- Gamers demonstram uso maior de mecanismos de defesa maduros
O que a ciência descobriu sobre saúde mental e videogames?
Pesquisadores analisaram mais de 760 pessoas entre 18 e 44 anos para investigar se o hábito de jogar poderia trazer riscos emocionais. O estudo concluiu que não há desvantagens psicológicas relevantes em jogadores quando comparados aos não jogadores.
A análise incluiu aspectos como regulação emocional, relacionamentos interpessoais e mecanismos de defesa. Os dados mostraram que, na maioria dos casos, não existem diferenças significativas entre os dois grupos.

Quais diferenças foram observadas entre jogadores e não jogadores?
Apesar da semelhança geral, pequenas diferenças foram notadas. Confira os destaques:
- Não jogadores tiveram pontuações mais altas em traços paranoicos e dependentes
- Jogadores apresentaram leve aumento em traços antissociais e esquizotípicos
- Após ajuste por idade, a maioria das diferenças perdeu relevância estatística
Os videogames afetam relacionamentos interpessoais?
Não há evidências de que jogadores sofram com isolamento social. O estudo mostrou que tanto gamers quanto não gamers conseguem criar vínculos, manter segurança emocional e desenvolver relacionamentos de forma saudável.
Essa conclusão reforça a ideia de que passar muitas horas jogando não prejudica necessariamente a capacidade de socialização, desde que equilibrado com outras atividades cotidianas.

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Que mecanismos de defesa são usados por jogadores e não jogadores?
Os mecanismos de defesa foram outro ponto analisado. Jogadores se mostraram mais propensos a utilizar mecanismos considerados saudáveis, como humor e sublimação. Já os não jogadores relataram uso maior de estratégias neuróticas, como repressão.
Em ambos os grupos, não foram encontradas diferenças significativas no uso de mecanismos imaturos, como negação ou projeção, o que indica equilíbrio entre os perfis avaliados.
Quais pontos futuros ainda precisam ser explorados?
Mesmo com resultados positivos, os pesquisadores apontam caminhos para novos estudos e observações:
- Ampliar a amostra equilibrando gêneros e tipos de jogos
- Investigar se certos traços de personalidade influenciam o interesse por games
- Realizar acompanhamentos de longo prazo para identificar mudanças