O uso de Paracetamol durante a gravidez tem gerado discussões a respeito de uma possível ligação com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), especialmente após declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil (Anvisa) e outras instituições internacionais reforçam que não existem evidências científicas conclusivas que associem diretamente o uso do Paracetamol ao aumento de casos de autismo.
A controvérsia surgiu, principalmente, após Trump mencionar a suposta relação entre o uso de analgésicos na gravidez e o TEA, gerando preocupação e especulações entre as gestantes e mães. No Brasil, a resposta da Anvisa rapidamente acalmou os ânimos, esclarecendo que não há registros que sustentem tal conexão. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também se manifestou, reiterando a inexistência de provas sólidas para confirmar essa alegação.
Por que o Paracetamol é considerado seguro?
O Paracetamol é amplamente utilizado como analgésico e antipirético por sua eficácia e pelo perfil de segurança vantajoso quando comparado a outros medicamentos. Ele é indicado para tratar dores leves a moderadas, além de atuar na redução da febre. A OMS e outras importantes agências de saúde como a Anvisa classificam o Paracetamol como seguro quando utilizado conforme as recomendações médicas. Esses órgãos baseiam suas diretrizes em estudos extensivos que não identificaram uma relação causal com o autismo.

Existe alguma preocupação sobre o uso de Paracetamol na gravidez?
A principal preocupação com o uso de Paracetamol em gestantes é garantir que seja tomado na dosagem correta e por períodos curtos, conforme orientação médica. Embora algumas pesquisas levantem hipóteses sobre possíveis efeitos adversos, a maioria dos estudos disponíveis até o momento não consegue estabelecer uma ligação clara e consistente com o autismo. Ainda assim, tais observações têm incentivado a continuidade de investigações científicas para garantir a maior segurança possível às gestantes.
Qual é a posição das autoridades de saúde atualmente?
Atualmente, as principais autoridades de saúde, incluindo a Agência de Medicamentos da União Europeia, mantêm suas recomendações sobre o uso seguro do Paracetamol, sem fazer alterações baseadas em evidências incertas. No entanto, a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos iniciou o processo de atualização das bulas do medicamento para refletir as preocupações manifestadas, ainda que sem conclusão definitiva. Essa medida visa assegurar que profissionais de saúde e pacientes tenham acesso às mais recentes informações, mesmo enquanto novos estudos são realizados.
Em resumo, o Paracetamol continua a ser um medicamento de escolha em muitos casos por sua eficácia e perfil de segurança, mas seu uso, especialmente na gravidez, deve ser sempre orientado por profissionais de saúde. Essa precaução é essencial para garantir que todas as decisões terapêuticas sejam baseadas nas mais sólidas evidências científicas disponíveis.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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