Numerosos tutores de cães encontram-se, em algum momento, diante do desafio de equilibrar suas agendas lotadas com as necessidades do seu animal de estimação. Em muitos casos, a rotina exige que o cão passe parte do dia sozinho em casa, tornando essencial compreender as necessidades do animal durante esses períodos. Saber como lidar com essa situação garante o bem-estar do pet e mais tranquilidade ao tutor.
Cada cão tem uma personalidade e adaptação diferente à solidão. Alguns podem apresentar comportamentos destrutivos, latidos excessivos ou sinais de ansiedade. Por isso, é importante observar atentamente as reações do animal, buscando identificar sinais de desconforto e agir preventivamente. O equilíbrio entre tempo sozinho e atenção dedicada faz toda diferença na harmonia do lar.
Como ensinar o cão a ficar sozinho?

O treinamento deve começar com pequenas ausências, para que o cão associe esse momento a algo normal e não ameaçador. Gradualmente, aumente esse tempo, sempre reforçando comportamentos calmos e ignorando sinais de ansiedade, recompensando o animal nas situações desejadas.
Esse processo demanda paciência e constância, podendo levar semanas até que o cão se adapte por completo. Conte com o apoio de brinquedos interativos e, se necessário, busque orientação profissional para garantir o sucesso do treinamento, especialmente em casos de ansiedade intensa.
Dicas para amenizar a solidão
Antes de sair, proporcione atividades físicas ao cão, como passeios e brincadeiras que gastam energia, facilitando os momentos de descanso durante sua ausência. Enriquecer o ambiente com brinquedos, petiscos e estímulos olfativos também ajuda a entreter e relaxar o animal.
Criar uma rotina previsível, com horários para alimentação, brincadeiras e passeios, traz segurança para o pet. Considerar sons ambientes, como uma música calma ou a TV ligada, pode ajudar a diminuir o estresse causado pelo silêncio total em casa.
Importância do espaço confortável
Monte um local específico na casa com cama aconchegante, água limpa e brinquedos favoritos do cão, tornando-o um refúgio seguro e acolhedor. Este espaço deve ser relacionado a sensações positivas, nunca a castigos, incentivando o pet a utilizá-lo por vontade própria.
Ao longo do tempo, esse cantinho vai ajudar o cão a lidar melhor com momentos de solidão. Manter o espaço sempre limpo e atrativo é fundamental para que ele se sinta bem até o retorno do tutor.
Leia mais: O comportamento que revela que seu cachorro precisa de companhia
Quando considerar um segundo cão ou auxílio profissional?
Adotar outro cão pode ser uma alternativa, especialmente para animais que sofrem muito com a solidão, mas deve ser decidido após reflexão sobre tempo, espaço e os custos envolvidos. Um segundo cão pode trazer companhia, mas também requer dobrar os cuidados diários.
Em situações em que a ausência é prolongada, recorrer a creches, passeadores de confiança ou até consultores comportamentais é um investimento no bem-estar do animal. O acompanhamento profissional pode orientar em casos específicos, promovendo uma convivência equilibrada e saudável para todos.