Após a menopausa, a saúde da mulher frequentemente perde relevância, e muitos dos desafios enfrentados por elas são vistos apenas como “envelhecimento natural”. No entanto, a saúde pós-menopausa traz uma série de complicações próprias que vão desde a perda óssea e a anemia até desequilíbrios hormonais e distúrbios do sono. O que geralmente é negligenciado é o quanto disso tudo pode ser gerido ou prevenido com a alimentação adequada. É vital que as filhas incentivem suas mães a priorizarem sua saúde, dado que sua dieta desempenha um papel crucial em apoiar seu bem-estar geral durante esta fase da vida.
A nutricionista Deepsikha Jain, especialista em Nutrição em Saúde Pública Global e Educadora Nacional em Diabetes, destaca quatro superalimentos essenciais que todas as filhas devem incentivar suas mães a incluir em suas dietas. Repletos de vitaminas, minerais e antioxidantes, esses alimentos não apenas aliviam os sintomas da pós-menopausa, mas também ajudam a gerir complicações como a osteoporose, assegurando ossos mais fortes e uma saúde mais sólida a longo prazo.
Quais são os superalimentos essenciais para mulheres pós-menopausa?
Flaxseeds, ou sementes de linhaça, são um excelente exemplo de superalimento para essa fase. Essas sementes contêm fitoestrogênios, que ajudam no equilíbrio hormonal. De acordo com Deepsikha Jain, elas são benéficas para mulheres que estão passando pela menopausa, pois ajudam a controlar os sintomas associados. Ela afirma que “elas são ótimas para sua mãe porque têm fitoestrogênios que realmente ajudam a equilibrar os hormônios, diminuindo os sintomas da menopausa”. Além disso, estudos recentes conduzidos no Brasil têm mostrado que a inclusão regular de sementes de linhaça na alimentação pode favorecer a saúde cardiovascular dessas mulheres, um fator importante considerando o aumento do risco de doenças cardíacas após a menopausa.

Como o ragi pode ajudar a fortalecer os ossos?
Outro superalimento importante é o ragi (ou painço-de-dedo), uma fonte excelente de cálcio que ajuda a prevenir a perda óssea e reduz o risco de osteoporose pós-menopausa. Um estudo publicado no World Journal of Pharmaceutical Research corrobora esses benefícios. Incorporar ragi na dieta auxilia em articulações mais saudáveis e ossos mais fortes, segundo a explicação de Deepsikha Jain. Vale lembrar que, além do ragi, outros alimentos ricos em cálcio, como o brócolis e os derivados do leite, também são recomendados por profissionais da área de saúde nutricional no Brasil para mulheres nesta fase da vida.
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O chocolate amargo oferece benefícios além do sabor?
O chocolate amargo, além de ser rico em antioxidantes que melhoram a circulação cerebral, oferece efeitos que melhoram o humor, graças a produtos químicos naturais que liberam endorfinas na corrente sanguínea, conforme um artigo da Home Care Assistance. Deepsikha Jain ressalta que o chocolate amargo “ajuda a impulsionar hormônios felizes e é também rico em magnésio, o que ajudará sua mãe a dormir melhor”. Além disso, pesquisas realizadas em 2023 demonstram que o consumo moderado de chocolate amargo pode contribuir para a redução dos níveis de estresse, outro fator relevante na saúde pós-menopausa.
Por que é fundamental cuidar dos níveis de ferro nessa etapa?
Segundo a nutricionista, muitas mulheres mais velhas enfrentam baixos níveis de ferro, tornando-se vulneráveis à anemia e problemas de saúde relacionados. Ela recomenda a inclusão de beterrabas ou tâmaras na dieta, pois são ricas em ferro e ajudam a prevenir a anemia. Além das opções citadas por Deepsikha Jain, profissionais do Ministério da Saúde recomendam ainda a combinação de alimentos ricos em vitamina C, como a laranja, para melhorar a absorção de ferro dos alimentos de origem vegetal.
Este artigo tem como objetivo informar e não substitui o aconselhamento médico profissional. Baseia-se em conteúdo gerado pelo usuário nas redes sociais, e as informações não foram verificadas de forma independente por especialistas do HT. Manter uma dieta rica em nutrientes é fundamental para assegurar uma vida saudável e plena mesmo após a menopausa.