A Enxaqueca é uma condição neurológica complexa, frequentemente equivocada por ser apenas uma dor de cabeça severa. No entanto, quando se torna crônica, pode ocorrer em 15 ou mais dias por mês, com episódios característicos de Enxaqueca em pelo menos oito desses dias. A condição vem acompanhada de outros sintomas, como náuseas, sensibilidade à luz e sons, além de fadiga debilitante, complicando tanto a vida pessoal quanto profissional dos pacientes.
A medicina tem avançado em opções preventivas para reduzir a frequência e a intensidade das crises de Enxaqueca, principalmente quando as crises se intensificam ou quando o uso de analgésicos se torna excessivo. Neste campo, a toxina botulínica tem se destacado. Desde 2010, é uma opção aprovada para o tratamento da Enxaqueca crônica, baseada em um protocolo que orienta a aplicação em pontos específicos da cabeça e pescoço. Esse método tem mostrado eficácia na redução das crises e na diminuição do uso de medicação complementar para alívio da dor.
Como funcionam os anticorpos monoclonais no tratamento da Enxaqueca?
Os anticorpos monoclonais são outra forma de tratamento que tem demonstrado resultados promissores. Eles atuam bloqueando o peptídeo CGRP, uma substância implicada no processo de dor da Enxaqueca. Medicamentos como erenumabe e galcanezumabe fazem parte desta classe, oferecendo administração simplificada e intervalo de dosagem variável. Tais tratamentos são indicados especialmente para pacientes cujo quadro não responde a intervenções mais convencionais, apresentando uma eficácia significativa na redução das crises.

A combinação desses tratamentos, aliando toxina botulínica e anticorpos monoclonais, pode potencializar os resultados, embora mais estudos sejam necessários para estabelecer essa prática como uma norma. Há também a possibilidade de ajustes de dose na aplicação da toxina, que pode aliviar ainda mais os sintomas em pacientes que não respondem plenamente à dosagem padrão.
Quais são as barreiras que os pacientes enfrentam para acessar esses tratamentos?
Apesar dos benefícios demonstrados, o custo elevado desses tratamentos impede que estejam disponíveis para todos os pacientes, especialmente em serviços de saúde pública ou em planos de saúde com coberturas limitadas. É importante que uma análise detalhada seja feita por profissionais de saúde especializados, a fim de recomendar o tratamento mais adequado a cada paciente, considerando tanto aspectos médicos quanto financeiros.
Qual a tecnologia e o futuro do tratamento da Enxaqueca?
Os avanços na área de tratamento da Enxaqueca continuam a progredir, abrindo novos caminhos para o alívio da dor e a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. Trata-se de um campo em crescimento, com inovações que prometem cuidar da Enxaqueca de formas mais eficazes e pessoais. Sempre é aconselhável que as decisões sobre a adoção de novos tratamentos sejam tomadas com base em consultas rigorosas com profissionais de saúde especializados, garantindo assim a segurança e eficácia dos métodos escolhidos.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
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