A conhecida fabricante de cereais General Mills está tomando medidas drásticas para reduzir custos frente à queda nas vendas. A economia incerta, o comportamento do consumidor em transformação e as tensões geopolíticas crescentes levaram a aumentos nos custos de produção e redução do consumo. Para enfrentar esses desafios, a empresa tomou uma decisão surpreendente.
- Fechamento de três fábricas em Missouri para consolidar ativos e melhorar a estrutura de custos.
- Investimentos em inovação e renovação de produtos para gerar crescimento sustentável.
- Expectativa de economizar US$ 100 milhões anualmente até 2026.
Por que a General Mills está fechando fábricas?
A General Mills anunciou o fechamento de três fábricas, incluindo uma unidade de pizza em St. Charles, para tornar a cadeia de suprimentos mais competitiva. Estima-se que esses fechamentos custarão cerca de US$ 82 milhões. A empresa não divulgou quantos empregos serão afetados, mas já havia alertado sobre demissões iminentes como parte de um plano global de transformação. Este movimento acompanha uma onda de reestruturações vistas nos últimos anos nos Estados Unidos, impulsionadas por mudanças de demanda e avanços tecnológicos nas linhas de produção.
Qual é o impacto financeiro esperado pela General Mills?
A reestruturação se traduz em economias anuais projetadas de US$ 100 milhões até o fiscal de 2026. Apesar dos altos custos, a General Mills planeja investir significativamente em inovações, novos produtos e campanhas de marcas. Com essas mudanças, a empresa espera melhorar significativamente sua competitividade e estrutura de custos. Especialistas apontam que o foco da General Mills em tecnologia e digitalização pode também trazer mais eficiência e personalização de portfólio para atender diferentes mercados, inclusive além dos Estados Unidos, explorando países da América Latina e Europa.
A General Mills está sozinha neste caminho?
Não é apenas a General Mills que enfrenta esses desafios. Rivais no setor de alimentos e bebidas também estão enfrentando ventos contrários significativos, levando muitos a fazer cortes semelhantes. Relatórios indicam que cerca de 80% das empresas do setor estão lutando para atender às expectativas de acessibilidade dos consumidores. Segundo dados da Euromonitor International, o cenário global para indústria alimentícia se mantém desafiador mesmo em mercados tradicionalmente sólidos como Reino Unido e Canadá.
Atenção: As transformações no setor de alimentos destacam pressões imensas, e até mesmo marcas estabelecidas precisam fazer cortes difíceis para garantir estabilidade financeira a longo prazo.
O que a General Mills pretende com essas mudanças?
Ao tomar medidas proativas, a General Mills procura não só sobreviver, mas também prosperar diante dos desafios econômicos atuais. A meta é alcançar crescimento orgânico lucrativo a longo prazo, direcionando mais investimento para áreas com forte potencial de retorno. A companhia também aposta em tendências como alimentos plant-based, preços acessíveis para diferentes públicos e ampliação do portfólio saudável, de olho em novos perfis de consumo que surgem após a Pandemia de Covid-19.
Leia também: As pizzarias estão desaparecendo, o motivo por trás do fechamento
Quais as principais lições da reestruturação da General Mills?
- Fechar fábricas estratégicas pode ajudar a melhorar a competitividade e a estrutura de custos.
- Investir em inovação e renovação de produtos é crucial para o crescimento sustentável.
- Manter uma forte estratégia de transformação é essencial para enfrentar pressões econômicas e de mercado.