Cuidar de um cão vai além de oferecer alimentação e carinho: a desparasitação é fundamental na prevenção de doenças. Entretanto, poucos sabem ao certo qual a real frequência e necessidade desse procedimento, muitas vezes medicando seus animais de forma excessiva ou desnecessária.
Desparasitar o cão sem necessidade pode fazer mal
Segundo a veterinária Valu Marinelli, medicar cães “por precaução” pode ser prejudicial. Ela compara com o uso de medicamentos em humanos: “Você tomaria um analgésico sem dor?”. Aplicar antiparasitários sem confirmação de parasitas sobrecarrega o organismo do animal e deve ser evitado.
O excesso dessas substâncias pode causar efeitos colaterais e não apresenta benefícios se não houver infestação. Por isso, avaliar a real necessidade é fundamental para preservar a saúde do pet.
Como saber se é necessário fazer desparasitação interna?
A recomendação de Marinelli é a realização de exames coproparasitológicos entre duas e três vezes ao ano. Nesses exames, as fezes do animal são analisadas para identificar a presença de parasitas internos antes do uso de medicamentos.

Caso o resultado seja positivo, inicia-se o tratamento. Do contrário, evita-se a administração de antiparasitários, reduzindo a exposição desnecessária a químicos.
Veja como controlar pulgas e carrapatos de forma segura
O combate a pulgas e carrapatos requer atenção ao ambiente, já que esses parasitas raramente ficam no animal a maior parte do tempo. A higienização frequente é indispensável, somando práticas naturais e preventivas ao controle químico, que exige cautela.
Confira algumas práticas recomendadas para auxiliar no controle desses parasitas:
- Limpeza regular de pisos, tapetes e camas dos animais;
- Uso moderado de repelentes naturais, evitando excessos;
- Avaliação de medicamentos com isoxazolina apenas sob orientação veterinária;
- Observação constante dos sinais no animal para identificar reações adversas.
Saiba quando buscar ajuda veterinária
É importante procurar orientação de um profissional caso o cão apresente sintomas como alterações de comportamento, mudança no ânimo, falha de coordenação ou desconforto persistente, principalmente se faz uso regular de antiparasitários.
Infestações recorrentes de pulgas ou sintomas como coceira e irritações cutâneas também exigem avaliação veterinária imediata, garantindo intervenções seguras e eficazes.
Quais são as melhores opções para proteger a saúde do cão?
Personalizar os cuidados de desparasitação conforme o ambiente e histórico do animal é o caminho mais seguro. Isso melhora a eficácia do tratamento e reduz os riscos.
Consultar um veterinário de confiança, reconhecer sinais de infestação e adotar medidas preventivas fazem toda a diferença para manter seu cão saudável e protegido contra parasitas.




