CO começo do ano letivo traz uma preocupação extra para os pais: o trânsito fica mais intenso e perigoso. Com mais carros na rua, proteger as crianças durante os trajetos para a escola vira prioridade. A cadeirinha deixa de ser apenas um acessório e se torna questão de vida ou morte.
Muitos pais ainda têm dúvidas sobre como usar corretamente os equipamentos de segurança. E não é para menos. As regras mudaram ao longo dos anos e continuam evoluindo. Por isso, vale a pena revisar o que a lei exige e como proteger melhor os pequenos.
Como a lei protege nossas crianças?
A legislação brasileira não brinca quando o assunto é segurança infantil no trânsito. Desde 2021, temos regras bem claras sobre cadeirinhas e outros equipamentos. A Resolução Contran 819 define exatamente o que cada família deve fazer.
Quem não segue as regras paga caro. A multa é pesada: quase R$ 300. Mas o preço de um acidente é muito maior. Por isso, a lei existe para salvar vidas, não para complicar a vida dos pais.
Qual equipamento usar para cada idade?
A escolha certa depende da idade e peso da criança. Bebês até 1 ano ou 13 quilos precisam do bebê conforto. É o equipamento mais seguro para os menores, que ainda têm o pescoço frágil.
Crianças entre 1 e 4 anos ou até 18 quilos usam a cadeirinha tradicional. Depois disso, vem o assento de elevação, que serve até os 7 anos e meio ou 1,45 metro de altura. Cada fase tem sua proteção específica.
Quando a criança pode sentar na frente?
Essa é uma dúvida comum entre os pais. A resposta é simples: só depois dos 10 anos ou quando atingir 1,45 metro de altura. O banco da frente é perigoso para crianças menores por causa do airbag e da posição do cinto.
O banco traseiro é sempre mais seguro. Mesmo crianças maiores se beneficiam de viajar atrás. É uma questão de física: em caso de acidente, o banco de trás oferece mais proteção.
Por que tantos pais ainda resistem?
Alguns pais acham que a cadeirinha é exagero, especialmente em trajetos curtos. Outros reclamam do preço ou da dificuldade de instalação. Mas a verdade é que a maioria dos acidentes acontece perto de casa, em percursos rotineiros.
A resistência também vem do costume. Uma geração inteira cresceu sem cadeirinha e “não aconteceu nada”. Mas os carros eram diferentes, o trânsito era mais leve. Hoje, a realidade mudou e a proteção precisa acompanhar.
Como escolher a cadeirinha certa?

O mercado oferece muitas opções, desde as mais básicas até as super tecnológicas. O importante é escolher um produto certificado pelo Inmetro. Não adianta economizar na segurança dos filhos.
Antes de comprar, teste a instalação no seu carro. Algumas cadeirinhas não se adaptam bem a determinados modelos. E lembre-se: a cadeirinha mais cara não é necessariamente a melhor para o seu caso.
E as motocicletas, como ficam?
Transportar crianças em motos é um assunto delicado e tem regras próprias. Menores de 7 anos não podem andar de garupa, exceto em casos específicos. Quando permitido, capacete e equipamentos de proteção são obrigatórios.
A moto continua sendo um meio de transporte arriscado para crianças. Por isso, sempre que possível, prefira o carro. Se não tiver escolha, redobre os cuidados e nunca abra mão da proteção adequada.