A Meta, empresa responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp, está enfrentando acusações sérias nos Estados Unidos. A empresa é acusada de baixar ilegalmente uma grande quantidade de livros para treinar seus modelos de inteligência artificial (IA). Documentos judiciais, incluindo e-mails internos, revelam que a equipe da Meta estava ciente das práticas ilícitas.
Essas alegações surgiram em meio a um processo judicial movido por artistas e escritores que afirmam que suas obras foram usadas sem autorização ou compensação. A Meta, que já havia admitido o uso de bases de dados piratas, agora enfrenta uma pressão ainda maior com a divulgação de novas evidências.
Como a Meta obteve os livros?
Os documentos revelam que a Meta baixou dados de plataformas conhecidas por disponibilizar obras sem direitos autorais, como o LibGen e o Anna’s Archive. A empresa teria feito o download de mais de 80,6 TB de dados inicialmente, seguido por outros 35,7 TB e 81,7 TB de diferentes fontes. O método utilizado, via torrent, implicou que a Meta também contribuiu para a disseminação desses arquivos, já que atuou como fornecedora de seeds.
Essa prática não apenas levantou questões legais, mas também éticas, pois a equipe estava ciente da ilegalidade. Mensagens internas mostram que os funcionários discutiram o uso de VPNs para mascarar as atividades e evitar que os downloads fossem rastreados até a empresa.
O que sabia Mark Zuckerberg?
O nome do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, foi mencionado nos documentos. Relatos indicam que ele estava ciente das atividades, com decisões sendo tomadas após a situação ser levada ao seu conhecimento. Isso contradiz declarações anteriores que negavam seu envolvimento direto no processo.
Essas revelações complicam ainda mais a posição da Meta, especialmente porque a empresa tentou justificar suas ações sob o argumento de “fair use”, ou uso aceitável de obras intelectuais para fins específicos sem necessidade de autorização.

Quais são as implicações legais?
Com as novas evidências, os advogados de acusação estão buscando reavaliar depoimentos e chamar novas testemunhas. A tentativa da Meta de esconder suas atividades e o uso de torrents para disseminar os arquivos pode agravar as acusações. A empresa ainda não se pronunciou sobre as novas provas, mas enfrenta um cenário legal cada vez mais complicado.
O caso destaca a complexidade das questões de propriedade intelectual no mundo digital, onde a facilidade de acesso a informações muitas vezes colide com os direitos autorais e a ética empresarial.
Como a Meta pode responder a isso?
A Meta pode ter que reavaliar suas práticas de treinamento de IA e buscar acordos com os autores afetados. Além disso, a empresa pode precisar implementar políticas mais rígidas para garantir que suas atividades estejam em conformidade com as leis de direitos autorais.
Este caso serve como um alerta para outras empresas de tecnologia sobre a importância de respeitar os direitos autorais e agir de forma ética ao desenvolver novas tecnologias.