Parar remédios como antidepressivos, anticonvulsivos e preventivos de enxaqueca exige cuidado e paciência. O Dr. Alexandre Feldman (CRM 59046), com 201 mil seguidores no Instagram (@enxaqueca), explica que a interrupção imediata pode causar sintomas indesejados — por isso ele recomenda um processo de retirada gradual usando doses decrescentes até a suspensão completa.
Confira neste artigo como funciona essa estratégia, por que é importante seguir passo a passo e quais cuidados devem ser tomados para manter a estabilidade da saúde.
O que são os remédios que precisam ser suspensos devagar?
Os medicamentos mencionados pelo Dr. Feldman incluem:
- Antidepressivos: usados tanto para depressão quanto como preventivo de enxaqueca
- Anticonvulsivos: ajudam a controlar crises e dores de cabeça frequentes
- Preventivos de enxaqueca: medicamentos específicos para reduzir frequência e intensidade das crises
Suspender qualquer um desses sem acompanhamento pode causar sintomas de abstinência ou retorno das dores.
Por que é essencial diminuir a dose gradualmente?
O Dr. Feldman destaca que reduzir a dose de forma abrupta pode sofrer um “tranco”, ou seja, o corpo pode responder com agravamento dos sintomas. Embora não aconteça com todos, esse risco existe.
Por isso ele alerta os pacientes sobre a importância de sinais sutis e da necessidade de, às vezes, voltar a doses anteriores ou até ajustar para uma dose maior antes de continuar a redução.
Como o médico realiza a retirada segura?
O procedimento envolve reduzir a dose de forma fracionada e controlada. Um exemplo é a retirada de 100 mg em queda gradual para 75, depois 50, 37,5, 25, 12,5 e 6,25 até zero. Isso exige fórmula manipulada para garantir doses exatas.
Esse cuidado torna possível suspender remédios sem causar grande impacto no organismo, mantendo o conforto e minimizando riscos.
O que fazer se surgir reação durante a redução?
Se aparecer algum sintoma ou piora, o Dr. Feldman recomenda voltar à dose anterior — e, se necessário, aumentar um pouco para estabilizar o corpo. Esse tipo de reação não é incomum e mostra a importância de um acompanhamento próximo.

O paciente deve estar preparado para reavaliar o plano de maneira flexível, sempre priorizando o bem-estar enquanto avança na retirada.
Quando a retirada deve ser suspensa completamente?
A interrupção total deve ser planejada assim que a dose mínima é alcançada sem sintomas. Mas se sinais como dores, insônia ou tremores surgirem, o mais seguro é conservar uma dose mínima ou até voltar ao profissional para reavaliação.
Essa estratégia faz com que o processo de suspensão seja controlado, eficaz e compatível com a individualidade de cada pessoa.
Fontes confiáveis utilizadas neste conteúdo
Este conteúdo segue práticas clínicas e recomendações de entidades de referência:
- Ministério da Saúde – www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS) – www.who.int
- PubMed – www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed
- American Migraine Foundation – www.americanmigrainefoundation.org