A psicóloga Luana Ferreira (CRP 08/25163), conhecida por compartilhar reflexões sobre saúde emocional em suas redes sociais, chamou atenção para um comportamento comum: quando o paciente ri ao contar situações de sofrimento ou traumas pessoais. Embora possa parecer apenas uma maneira leve de lidar com a própria história, Luana explica que esse tipo de reação pode indicar mecanismos de defesa emocionais e dificuldades de lidar com emoções profundas.
De acordo com especialistas em psicologia, o riso nem sempre está associado à alegria. Muitas vezes, ele surge como uma estratégia inconsciente para evitar a dor ou mascarar sentimentos incômodos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça a importância de buscar apoio profissional para identificar comportamentos que escondem sofrimentos internos.
Por que algumas pessoas riem ao falar de algo doloroso?
Luana Ferreira destaca que esse comportamento está relacionado à dificuldade de se conectar com as próprias emoções. Quando o paciente relata experiências dolorosas sorrindo ou rindo, isso pode ser um sinal de que ele se distanciou emocionalmente da situação como forma de autoproteção.
Essa distância emocional, embora comumente vista como “força”, pode atrasar o processo terapêutico, pois impede que a pessoa vivencie plenamente seus sentimentos. Durante a terapia, o papel do psicólogo é ajudar o paciente a reconhecer essas emoções e encontrar formas mais saudáveis de elaborá-las.
Quais outros comportamentos podem indicar dificuldade de lidar com emoções?
Segundo a psicóloga, não é apenas o riso diante da dor que merece atenção. Outros sinais frequentes incluem a ironia constante, minimizar situações graves ou adotar um humor excessivo como forma de lidar com conflitos internos.
Essas reações podem estar relacionadas a experiências passadas, como educação emocionalmente restritiva ou traumas não elaborados. Em muitos casos, essas atitudes são mecanismos inconscientes para evitar o sofrimento e manter a aparência de controle.
Como a terapia pode ajudar a lidar com esses padrões?
O acompanhamento com um psicólogo permite que a pessoa compreenda o significado desses comportamentos e aprenda a expressar emoções de forma autêntica. Durante as sessões, o paciente é estimulado a reconhecer gatilhos emocionais, acolher sua vulnerabilidade e trabalhar sentimentos reprimidos.

Luana Ferreira reforça que não há problema em usar o humor no dia a dia, mas que ele não deve se tornar a única forma de lidar com questões internas. O autoconhecimento é um passo essencial para transformar esses padrões em comportamentos mais saudáveis.
Quais sinais mostram que é hora de buscar ajuda profissional?
- Rir ou fazer piadas sempre que fala de situações tristes ou traumáticas.
- Sentir dificuldade em se emocionar ou chorar, mesmo em momentos intensos.
- Usar humor ou sarcasmo para desviar de conversas profundas.
- Sentir um vazio emocional após rir de algo que, no fundo, machuca.
Esses sinais não significam fraqueza, mas indicam que existe um sofrimento que merece atenção e cuidado. O acompanhamento terapêutico é uma oportunidade de ressignificar experiências e construir um relacionamento mais saudável consigo mesmo.
Links e fontes confiáveis sobre saúde emocional
- Conselho Federal de Psicologia: https://site.cfp.org.br/
- Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int/
- Portal do Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude/pt-br
Refletir sobre esses padrões, como destaca a psicóloga Luana Ferreira, é um passo importante para quem deseja lidar melhor com emoções e construir uma vida emocional mais equilibrada. Quando o riso serve para esconder a dor, talvez seja o momento certo de buscar ajuda profissional.