A frase direta da influenciadora Josiane Kimak chama atenção para um comportamento alimentar muito comum: confundir fome verdadeira com vontade de comer. Segundo ela, um teste simples pode ajudar a diferenciar essas duas situações — comer ovos. Se o desconforto passar, era fome. Se não, era apenas um impulso emocional.
Esse tipo de percepção pode parecer simplista, mas tem base fisiológica. Alimentos ricos em proteínas, como os ovos, promovem saciedade real, o que reduz o consumo excessivo ao longo do dia. Essa prática também ajuda no controle do peso e no desenvolvimento de hábitos alimentares mais conscientes.
O que faz os ovos matarem a fome de verdade?
A principal razão para o ovo ser tão eficaz na saciedade é a sua alta densidade proteica. Cada unidade contém todos os aminoácidos essenciais, tornando-se um alimento completo para o organismo. Além disso, o ovo tem baixo índice glicêmico, o que significa que evita picos de insulina — e consequentemente, aquele ciclo de fome constante após refeições ricas em carboidratos simples.
Estudos mostram que incluir ovos no café da manhã, por exemplo, reduz o consumo calórico ao longo do dia. Isso acontece porque o cérebro recebe sinais de saciedade mais rapidamente, inibindo a ingestão exagerada de outros alimentos. Por isso, usar o ovo como um “termômetro da fome” faz sentido na prática.
Qual a diferença entre fome real e vontade de comer?
Fome real é uma necessidade fisiológica do corpo. Ela surge gradualmente, vem acompanhada de sinais físicos como estômago roncando, leve dor ou irritabilidade e melhora com qualquer tipo de alimento nutritivo. Já a vontade de comer é mais emocional. Costuma aparecer de repente, muitas vezes em situações de tédio, estresse ou ansiedade, e é seletiva: dá vontade de doces, salgadinhos ou fast food, por exemplo.
Comer um alimento simples e nutritivo como o ovo ajuda a testar essa diferença. Se a “fome” persistir mesmo após o consumo, é provável que o que esteja por trás seja apenas um impulso passageiro — não uma real necessidade fisiológica.
O que acontece quando comemos por impulso?
Ceder frequentemente à vontade de comer sem estar realmente com fome pode gerar um ciclo de comportamentos automáticos. Isso afeta não só a alimentação, mas também o controle de peso, a saúde metabólica e o bem-estar emocional. A longo prazo, esse padrão pode contribuir para quadros de obesidade, resistência à insulina e distúrbios alimentares.

Por isso, inserir um momento de consciência antes de comer — como o “teste do ovo” proposto por Josiane — pode ser uma estratégia simples e eficiente para identificar e romper com hábitos que não contribuem para uma boa saúde.
O que mais pode ajudar a controlar a saciedade?
Além do ovo, outros alimentos contribuem para a sensação de saciedade por serem ricos em fibras, proteínas e água. Entre eles estão legumes, vegetais crus, leguminosas, frutas com casca e cereais integrais. Dormir bem, manter-se hidratado e praticar exercícios físicos com regularidade também são fatores que ajudam o corpo a regular melhor os sinais de fome e saciedade.
Outro ponto importante é evitar o jejum prolongado. Quando passamos muito tempo sem comer, é mais difícil fazer boas escolhas alimentares. Refeições equilibradas ao longo do dia ajudam a manter o metabolismo ativo e diminuem as chances de excessos no final do dia.
Como aplicar essa dica no dia a dia?
O método sugerido por Josiane Kimak é simples e pode ser feito em qualquer momento em que surgir uma dúvida entre “estou com fome ou só vontade de beliscar?”. Basta consumir um ou dois ovos, preparados da forma que preferir (cozidos, mexidos ou pochê, por exemplo), e observar a resposta do corpo.
Se a vontade desaparecer, o corpo estava realmente precisando de energia. Se não, pode ser o caso de procurar outra forma de lidar com o impulso — como beber água, caminhar um pouco, conversar com alguém ou apenas esperar o tempo passar. Esse pequeno gesto de consciência pode ter um impacto significativo nos seus hábitos a longo prazo.
Fontes oficiais consultadas:
- Ministério da Saúde (Brasil): www.gov.br/saude
- Organização Mundial da Saúde (OMS): www.who.int
- Harvard T.H. Chan School of Public Health – “The Nutrition Source”: www.hsph.harvard.edu/nutritionsource