A Dra. Priscila Antunes (CRM 109981-7), médica especializada em saúde e bem-estar, alerta sobre três suplementos comuns vendidos em farmácias que podem não trazer os benefícios esperados e, em alguns casos, até prejudicar a saúde. Em um vídeo informativo, ela explica os motivos e aponta alternativas mais seguras e eficazes.
Com linguagem acessível e base científica, a Dra. Priscila destaca que muitas formulações comerciais apresentam problemas como oxidação, presença de contaminantes, aditivos prejudiciais e formas químicas de vitaminas de baixa absorção. Segundo ela, entender esses pontos é essencial para fazer escolhas mais inteligentes e evitar desperdício de dinheiro.
Por que evitar certos ômegas 3 vendidos em cápsulas transparentes?
O primeiro suplemento citado é o ômega 3 em cápsula com invólucro transparente. Segundo a médica, a exposição à luz favorece a oxidação das gorduras, reduzindo sua qualidade e potencial inflamatório. O ideal é optar por cápsulas escuras ou leitosas, que protegem o conteúdo.
Ela também recomenda verificar se o produto possui selos de qualidade como MEG-3 ou IFOS, que atestam pureza e ausência de contaminantes como mercúrio. Esses selos são reconhecidos internacionalmente e indicam que o óleo de peixe passou por testes rigorosos de segurança.
Polivitamínicos para gestantes: quais os riscos?
O segundo alerta é para polivitamínicos, especialmente os destinados a gestantes. A Dra. Priscila explica que muitas dessas fórmulas contêm corantes como carmim, que é alergênico, e dióxido de titânio, que pode ser prejudicial à saúde intestinal. Para grávidas, a preocupação é ainda maior, já que esses aditivos não trazem benefício nutricional e podem representar riscos.
Outro problema apontado é o uso de formas menos biodisponíveis de vitaminas e minerais. Em vez de metilfolato (forma ativa do folato), muitas fórmulas usam ácido fólico sintético. No lugar da metilcobalamina (B12 ativa), é comum encontrar cianocobalamina. O mesmo acontece com o ferro, que em vez de formas queladas de melhor absorção, é oferecido como fumarato ferroso.
Vitamina C efervescente funciona?
O terceiro suplemento citado é a vitamina C efervescente. Segundo a médica, ela não tem comprovação científica de eficácia na prevenção de gripes e resfriados quando usada apenas durante a doença. Para efeitos reais, a vitamina C precisa ser consumida diariamente e por longo prazo.

Além disso, versões efervescentes geralmente contêm corantes e adoçantes artificiais que não agregam benefícios à saúde. A Dra. Priscila indica que é possível obter vitamina C de forma natural e econômica por meio da alimentação, como frutas cítricas, acerola e outros vegetais ricos nesse nutriente.
Como escolher suplementos de forma segura?
A escolha de um suplemento deve levar em conta a forma química dos nutrientes, a presença de selos de qualidade, a ausência de aditivos desnecessários e a real necessidade individual, preferencialmente avaliada por um profissional de saúde. Nem todo suplemento de farmácia é ruim, mas é fundamental saber ler rótulos e entender o que está comprando.
Segundo a Anvisa e o Ministério da Saúde, a suplementação deve ser individualizada, evitando uso indiscriminado. Sempre que possível, priorize nutrientes obtidos por meio da alimentação equilibrada.
Fontes oficiais
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): https://www.gov.br/anvisa
- Ministério da Saúde: https://www.gov.br/saude
- fOrganização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int