A rinite alérgica é uma das doenças respiratórias mais frequentes no Brasil, afetando milhões de pessoas todos os anos. Apesar de os antialérgicos ajudarem a controlar os sintomas, muitos pacientes cometem erros no uso dessas medicações — e acabam sofrendo crises sucessivas sem entender o motivo.
A seguir, em formato de FAQ, reunimos as dúvidas mais comuns sobre o tema, com explicações claras e baseadas em orientações médicas.
O que é rinite alérgica e por que ela acontece?
A rinite é uma inflamação da mucosa nasal, geralmente causada por exposição a poeira, ácaros, mofo, cheiros fortes ou mudanças bruscas de temperatura. Durante uma crise, as estruturas nasais aumentam de volume, produzem mais secreção e causam obstrução, espirros e coriza.
Tomar antialérgico sempre que a crise aparece é suficiente?
Não. Embora os antialérgicos melhorem rapidamente os sintomas, como espirros e nariz entupido, a inflamação residual permanece mesmo após essa melhora inicial. Se o paciente interrompe o tratamento cedo demais, essa inflamação facilita o surgimento de novas crises em intervalos curtos.
Por que os sintomas melhoram antes da inflamação desaparecer?
Os antialérgicos reduzem o inchaço das estruturas nasais, proporcionando alívio rápido. No entanto, o processo inflamatório interno demora mais para regredir. Essa diferença entre a melhora percebida e a inflamação real é o que explica a recorrência das crises.

Qual é a forma correta de tratar a rinite com antialérgicos?
Em muitos casos, a recomendação médica é manter o uso da medicação por um período maior do que o tempo de melhora dos sintomas. Assim, a inflamação é controlada de maneira mais completa, reduzindo a chance de novas crises. O tempo e o tipo de medicamento devem sempre ser definidos por um especialista.
Além do uso de medicamentos, quais cuidados ajudam a prevenir crises?
- Evitar contato com poeira, mofo e cheiros fortes.
- Lavar roupas de cama semanalmente com água quente.
- Manter ambientes ventilados e sem excesso de umidade.
- Utilizar aspirador com filtro HEPA em vez de vassoura.
- Fazer lavagem nasal com solução salina regularmente.
Esses hábitos ajudam a reduzir a exposição aos gatilhos e complementam o tratamento medicamentoso.
Fontes oficiais
- Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (SBORL): https://www.aborlccf.org.br
- American Academy of Allergy, Asthma & Immunology (AAAAI): https://www.aaaai.org
- Organização Mundial da Saúde (OMS) – Saúde respiratória: https://www.who.int