De acordo com o Dr. Bruno Monteze, médico com mais de 200 mil seguidores nas redes sociais, não há problema em comer frutas, desde que se entenda qual o melhor momento para incluí-las nas refeições. O erro comum é consumir fruta como lanche isolado ao longo do dia, o que pode elevar o consumo de açúcares sem perceber.
A fruta nunca deve ser a base da alimentação, mas sim um complemento. Por isso, incluí-la no fim das refeições principais, como café da manhã, almoço ou jantar, pode ser uma forma mais inteligente de usá-la como um “docinho natural”, ajudando a evitar sobremesas ultraprocessadas.
Qual o melhor horário para comer fruta?
Para o Dr. Monteze, o consumo de fruta faz mais sentido quando ocorre após uma refeição rica em proteínas e fibras. Por exemplo, uma frutinha no café da manhã junto com ovos, frango ou atum, ajuda a equilibrar o sabor sem gerar picos glicêmicos indesejados. Já no almoço, após um prato com carnes, legumes e salada, ela entra como uma sobremesa leve e nutritiva.
À noite, após um dia cansativo, uma fruta no final da refeição pode substituir doces industrializados. O importante é que a fruta seja sempre encaixada de forma consciente e nunca usada como um “belisco” constante ao longo do dia, o que pode favorecer o acúmulo de açúcares.
Por que não comer fruta sozinha o dia inteiro?
Apesar de naturais, as frutas contêm frutose, um tipo de açúcar que, em excesso, pode prejudicar pessoas com resistência à insulina ou dificuldade em controlar a saciedade. Comer fruta o tempo todo, fora das refeições, pode gerar compulsão e dificultar o controle alimentar.

Muitas pessoas acreditam que por ser natural, a fruta pode ser consumida sem limites. Mas exageros como comer uma melancia inteira, um cacho de bananas ou diversas mexericas ao longo do dia podem indicar um problema maior com carboidratos e desequilíbrio na dieta.
Como encaixar a fruta de forma estratégica na alimentação?
A principal orientação do Dr. Monteze é priorizar proteínas em todas as refeições e posicionar a fruta sempre no final, como sobremesa. Isso ajuda a reduzir a velocidade da absorção de açúcares e melhora a resposta do organismo, principalmente em pessoas que já enfrentam quadros de hipoglicemia reativa ou excesso de fome ao longo do dia.
Ver a fruta como um “docinho natural” pode mudar a relação com a comida e evitar recaídas em doces processados. Em vez de excluir, o ideal é ajustar a quantidade e o momento em que ela é consumida.
Fontes oficiais e referências
- Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, https://www.endocrino.org.br
- ABESO, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, https://abeso.org.br