Tem cheiro de gelatina, textura de gelatina, aparência de gelatina – mas não é gelatina. Os produtos jelly ganharam espaço no mundo da maquiagem, especialmente depois que o Jelly Tint da Milk Makeup viralizou nas redes sociais. Com proposta divertida, novas opções surgiram no mercado – por um preço mais acessível.

A reportagem do Estado de Minas recebeu as três cores do Jelly Tint da Ricca, que promete a mesma vibe divertida e multifuncional. Quer saber o que achamos? Confira a seguir:

Proposta e versatilidade

O Jelly Tint da Ricca é um bastão de textura translúcida, quase vítrea, que se propõe a simplificar a rotina de beleza com um só produto, capaz de atuar como tinte labial, blush e sombra, trazendo praticidade para quem busca resultados rápidos e looks leves para o dia a dia. São três cores: cereja, pêssego e vinho.

Cores do Jelly Tint

Ricca

A embalagem é simples e se assemelha a um blush cremoso comum. Ao tirar a tampa, impressiona a aparência gelatinosa, reforçada por um cheirinho que lembra sobremesa de gelatina de frutas – natural, porém, sem adição de fragrância, já que esse aroma vem de compostos como agarose e corantes.

Vale lembrar que não é um produto comestível, por mais que pareça. Na aplicação, a sensação é de refrescância, quase um friozinho suave sobre a pele, fruto da combinação de gelatina e carbômeros na fórmula.

Na prática, funciona?

O produto promete ser multifuncional, mas performa de maneira diferente em cada parte do rosto, conforme vimos nos testes. Nos lábios, o bastão desliza com leveza, entregando um efeito tint sutil e duradouro, com uma corzinha "de saúde". O sabor doce é agradável e não enjoa, perfeito para quem não abre mão de conforto além da cor.

Nas bochechas, a grande surpresa é a compatibilidade com bases cremosas: o Jelly Tint adere sem "carregar" a maquiagem de baixo. A tonalidade é translúcida, mas permite construir camadas, o que pode não funcionar para tons de pele retintos. Atenção ao tempo de secagem rápido: para evitar manchas, aplique e esfume imediatamente com pincel fofo ou dedos.

Vale ressaltar que existem esmaltes aplicados em outros segmentos. Um exemplo é o esmalte automotivo, utilizado para dar cor a veículos, peças metálicas e máquinas industriais, por exemplo. Divulgação
Nas décadas seguintes, grandes estrelas do cinema de Hollywood, como Rita Hayworth, passaram a utilizar esmaltes nas unhas dos pés e das mãos, o que ajudou na popularização do produto. Domínio público
No século 20, o esmalte foi aperfeiçoado pelos processos de industrialização. Em 1925, em meio aos estudos para desenvolver tinturas para carro, foram identificadas soluções que passariam a ser usadas na fabricação dos esmaltes atuais. Imagem de Bruno por Pixabay
No entanto, há registros do uso também no Egito antigo, especialmente por membros da realeza. Há relatos históricos de que a famosa rainha Cleópatra tinha preferência por esmalte vermelho intenso. Wikimedia Commons Amos Gvili
Acredita-se que a origem do esmalte de unha remonte à China antiga, da época imperial, cerca de 3.000 a.C.. Na dinastia Ming, ele era fabricado com mistura que incluía cera de abelha e goma-arábica. Domínio Público/Wikimedia Commons
Há diversos tipos de esmalte de unha. Os principais são o verniz gel, o verniz cobertura espelhada e o verniz extra brilho. Imagem de Alehandra13 por Pixabay
Esse esmalte tem na sua composição um polímero orgânico e outros elementos que dão e ele cor e textura. Imagem de Bruno por Pixabay
O esmalte ou verniz de unha é um material utilizado para decorar e proteger as unhas. Ele pode ser aplicado em cores e texturas diversas. Imagem de Yana por Pixabay
O esmalte vidrado pode ser aplicado em superfícies de prata, como neste exemplo de uma taça ornamental. Domínio Público/wikimédia Commons
Outro tipo é o esmalte de Limoges, que foi produzido na cidade francesa homônima. Aplicado geralmente em uma base de cobre. Na imagem, peças representando a via sacra com essa técnica. Domínio Público/wikimédia Commons
Nela, tiras bem finas de metal são coladas sobre uma superfície para formar um desenho. Os compartimentos são preenchidos com esmaltes coloridos, que são comprimidos e polidos até que se chegue ao acabamento pretendido. Domínio Público/wikimédia Commons
Entre as técnicas de decoração de objetos de metal está a Cloisonné, que foi introduzida na China ainda no século 14 - na imagem, uma tigela da Dinastia Ming com esse método. pschemp/wikimédia Commons
A maior parte do esmalte utilizado nas indústrias modernas é aplicado no aço. O material também pode ser adotado em cobre, alumínio, ferro, aço laminado a quente, ouro e prata. Na imagem, São Gregório desenhado em esmalte de Limoges sobre uma placa de cobre. Domínio Público/wikimédia Commons
A partir do século 19, a técnica passou a ser adotada na fabricação de produtos em série e de uso cotidiano, mormente em recipientes de cozinha. Creative Commons
Gregos, celtas e chineses, por exemplo, também utilizaram esmalte para objetos de metal. No Império Romano, a esmaltagem servia à decoração de recipientes de vidro. Domínio Público/wikimédia Commons
Na antiguidade, os egípcios recorriam à esmaltagem na cerâmica e em objetos de pedra nas artes decorativas. Em outras civilizações da época, a técnica era utilizada no campo da joalheria também. BabelStone/wikimédia Commons
O esmaltado é, em muitos casos, um objeto de finalidade decorativa que é dotado de um revestimento de esmalte. - BrokenSphere/wikimédia Commons
Na arte ou na técnica, o esmalte, chamado também de esmalte vidrado, é o resultado da fusão de vidro em pó com um suporte de metal, vidro ou cerâmica por meio do aquecimento em forno. Na fusão, o pó escorre e endurece no formato de uma camada vítrea com grande durabilidade - na foto, um mostrador de relógio Louis George com esmalte vidrado. Babbela/wikimédia Commons
Estamos familiarizados com o termo esmalte para referir-se ao produto cosmético para as unhas. Porém, existe material com a mesma designação para material usado nos campos da técnica e da arte. O Flipar mostra a seguir as diferenças. divulgação

O terceiro modo de usar é nos olhos, mas sua performance é mais limitada. O gel não gruda bem em pincéis tradicionais, e usar o bastão diretamente na pálpebra pode ser incômodo, já que ele é grande demais para a área dos olhos. A melhor estratégia é depositar uma pequena quantidade no canto externo e, em seguida, esfumar de leve com os dedos ou com um pincel macio, resultando em um look despojado para o dia a dia.

Fórmula em detalhes

A composição reúne ingredientes hidratantes (apesar de não se caracterizar como um produto de skincare), gelificantes e conservantes modernos. Antioxidantes como ácido ascórbico e metabisulfito de sódio garantem estabilidade de cor, mas quem tem pele sensível deve ficar atento a esses últimos, conhecidos por causar irritação em peles reativas. De modo geral, não há silicones pesados ou óleos oclusivos, o que torna a fórmula relativamente "clean" e leve.

Vale a pena?

O Jelly Tint da Ricca é vendido por cerca de R$ 30, em uma embalagem de 5g. Ele se mostra um bom dupe (produtos que são similares ou inspirados em produtos de marcas famosas, mas que não são falsificações) do tint da Milk, que custa mais de R$ 260.

Seu desempenho nos lábios e bochechas surpreende pela durabilidade e acabamento natural; nos olhos, limitações exigem truques de aplicação. Para quem curte experimentar texturas diferentes e busca praticidade sem estourar o orçamento, é uma excelente escolha. Se sua pele é extremamente sensível a conservantes ou sulfitos, faça um teste de contato antes.

Vale destacar que existem outras marcas "baratinhas" que possuem a mesma proposta, como a SP Colors, Pink 21 e Belle Angel (todas na mesma faixa de preço). Mas não é possível dizer que performam da mesma forma, já que não foram testadas pela reportagem.

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Divertido, acessível e com performance sólida, à altura do preço, ele é uma boa opção para quem quer trazer um toque de cor ao look do dia a dia.

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