Dos becos e esgotos às passarelas de moda. Os ratos viraram o acessório de moda mais disputado da Copenhagen Fashion Week, que ocorreu na semana passada, na Dinamarca. A responsável é a estilista dinamarquesa Anne Sofie Madsen, que, em colaboração com o artista Esben Weile Kjær, transformou os roedores em bolsas estilosas.

Disponível em quatro cores metálicas, a clutch em formato de rato fez sua estreia na passarela do retorno de Madsen após oito anos longe do evento. Em um dos momentos mais comentados dos desfiles, modelos desfilaram com o acessório enquanto o público observava intrigado. Algumas seguravam a bolsa pelo rabo, de forma despreocupada.

"É estranha, escultural e sem remorso", definiu Madsen para a Vogue. Para ela, o rato simboliza resiliência. “Ele é visto como algo indesejado, mas sobrevive. Ele se adapta. Essa força, que não precisa ser polida ou agradável, se conecta diretamente ao que quisemos explorar nesta temporada”, defendeu.

A parceria entre Madsen e Kjær não é nova. Amigos há mais de uma década, os dois já colaboraram em performances, trilhas sonoras e peças conceituais. Para Kjær, a escolha do rato tem raízes pessoais e contraculturais. 

“Quando era punk, muitos amigos tinham ratos como pets. Eles sempre foram um símbolo de subcultura para mim”, contou à Vogue. Nos últimos anos, o artista vem explorando o tema em esculturas de fibra de vidro cobertas de cristais, já exibidas em museus e bienais internacionais.

O lançamento se insere em uma tendência maior: a ascensão das bolsas em formato de animais. Do pombo hiper-realista de JW Anderson ao coelho de Tory Burch e ao dachshund de Thom Browne, o acessório-pet ganhou status de objeto de desejo. Mas a bolsa de rato de Madsen e Kjær leva a estética para um território mais ousado — ao mesmo tempo pop, glam e levemente desconfortável.

Cada tecido possui propriedades únicas que influenciam seu uso e desempenho. Ao conhecer suas características, é possível escolher a opção mais adequada para cada necessidade, valorizando o conforto, a estética e a funcionalidade da peça. Imagem de martynaszulist por Pixabay
Chita: Tecido de algodão com estampas vibrantes e florais, originário da Índia. É leve, resistente e de custo acessível. Utilizado principalmente em roupas casuais, fantasias e decoração de festas populares, como o carnaval e as festas juninas, confere um visual alegre e descontraído. Divulgação
Chenille: Originalmente feito de algodão, mas também encontrado em versões sintéticas, o chenille é macio e felpudo, semelhante ao veludo, mas com um toque mais volumoso. É durável e aconchegante, ideal para mantas, almofadas e estofados. Seu aspecto confortável é muito apreciado na decoração de interiores. Tecido - Divulgação
Renda: Tradicionalmente feita de algodão, seda ou fibras sintéticas, a renda é um tecido delicado e ornamental, com padrões abertos e bordados. É valorizada pela aparência sofisticada e romântica. Utilizada em vestidos de noiva, lingerie e detalhes decorativos, confere elegância e feminilidade às peças. Divulgação
Viscose (Rayon): Considerado um tecido artificial, é feito de celulose vegetal transformada quimicamente. Possui toque suave semelhante ao da seda e boa respirabilidade. Utilizado em roupas leves, vestidos e blusas, combina conforto com um caimento elegante. Instagram @varejao_dos_tecidos7l
Jeans (Denim): Feito de algodão com trama sarjada, é resistente e durável. Originalmente usado como roupa de trabalho, tornou-se um ícone da moda casual em calças, jaquetas e saias. Sua versatilidade permite diversos acabamentos e estilos. Imagem de Alex por Pixabay
Cetim: Pode ser feito de seda, poliéster ou acetato, destacando-se pelo brilho liso e toque sedoso. É leve, fluido e tem um caimento elegante. Usado em vestidos de festa, roupas íntimas e lençóis de luxo, o cetim proporciona uma aparência sofisticada e um toque suave na pele. Divulgação
Lycra: Tecido sintético feito de elastano, conhecido por sua elasticidade excepcional. É resistente, flexível e mantém a forma original mesmo após longos períodos de uso. Amplamente utilizado em roupas esportivas, trajes de banho e peças justas, proporciona conforto e liberdade de movimento. Divulgação
Veludo: De origem antiga, o veludo pode ser feito de algodão, seda ou fibras sintéticas. Caracteriza-se pela superfície macia e aveludada, com um brilho suave. É durável e oferece elegância, sendo utilizado em roupas formais, estofados e cortinas. Sua textura aconchegante o torna ideal também para roupas de inverno. Imagem de yaoyaoyao5yaoyaoyao por Pixabay
Lã: De origem animal, a lã é obtida de ovelhas e outros mamíferos. É quente, flexível e resistente à água, sendo ideal para climas frios. Usada em casacos, suéteres e cobertores, oferece excelente isolamento térmico e durabilidade. Imagem de Engin Akyurt por Pixabay
Linho: Também natural, o linho vem da planta do linho. É leve, fresco e altamente absorvente, ideal para climas quentes. Apesar de amassar facilmente, é valorizado pela elegância em roupas sociais e itens de decoração como cortinas e toalhas de mesa. - Divulgação
Eles podem ser naturais, sintéticos ou artificiais, atendendo a diferentes necessidades na moda, na decoração e em outros setores. A escolha do tecido certo influencia o conforto, a durabilidade e o estilo de uma peça. - Divulgação
Existem diversos tipos de tecidos no mundo, cada um com suas particularidades em termos de origem, qualidade, características e utilizações. Imagem de christineterkouche por Pixabay

Para a estilista, essa guinada faz parte de um movimento contra o minimalismo e a previsibilidade que dominaram a moda na última década. “As pessoas querem coisas que pareçam pessoais, mesmo que sejam estranhas ou bagunçadas. O Glam Rat é brincalhão, mas também arrojado. Ele existe em seu próprio mundo e isso parece mais relevante do que nunca”, disse Maiden.

A bolsa de rato ainda não está disponível para a venda nem teve o valor divulgado.

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Quais as principais tendências da Copenhagen Fashion Week?

  • Looks com chinelo de dedo e alfaiataria;
  • Vestidos tipo camisola (slip dress);
  • Decotes e recortes assimétricos;
  • Bermudas e saias na altura do joelho;
  • Mini-shorts com modelagem de alfaiataria e inspirados no balé;
  • Gravatas em formatos não convencionais, tecidos inusitados e amarrações diferenciadas no guarda-roupas feminino;
  • Silhuetas com movimento e fluidez, mesclando alfaiataria e tecidos fluidos;
  • Bolsas lúdicas e divertidas;
  • Renda branca;
  • Poás, xadrez e listras com pegada contemporânea;
  • Maximalismo, com aplicação de pedras e paetês;
  • Cores neutras e tons pastel;
  • Mistura entre o street style descontraído e elementos de luxo;
  • Sustentabilidade e  tecidos deadstock (estoques excedentes de materiais que seriam descartados);
  • Design circular e impressão 3D;
  • Referências vintage em boinas e acessórios nostálgicos;
  • Sobreposições inusitadas. 
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