O desfile da Moschino na Semana de Moda de Milão primavera-verão 2026, que ocorreu na última quinta-feira (25/9),  movimentou as redes sociais ao apresentar uma série de bolsas nada convencionais. Entre os modelos que mais chamaram a atenção estavam uma panela, uma caixa de papelão, um tijolo e até uma bandeja de frutas, peças que geraram comentários divertidos nas redes sociais. 

Segundo o portal Fashion Network, as criações fazem parte da coleção “Niente” (nada, em italiano), assinada pelo diretor criativo Adrian Appiolaza. Inspirado no movimento artístico italiano Arte Povera (“arte pobre”), dos anos 1960, o designer buscou transformar objetos cotidianos e materiais simples em artigos de luxo, sempre com o toque irônico característico da marca.

“Queríamos transmitir a ideia de preciosidade, mas vinda de um lugar pobre”, explicou Appiolaza. “Na temporada passada, eu estava obcecado pela ideia de precisão. Desta vez, não se trata de perfeição, mas de transformar o nada em algo”, destacou.

Mas o conceito não conquistou as redes sociais, que fizeram comentários divertidos sobre as bolsas. “Sempre acho que isso é um experimento social das grifes pra ver o quão palhaço um rico pode ser”, escreveu um perfil. 

“Representando as donas de casa, achei inclusivo”, comparou outro. “Tenho uma cuscuzeira aqui que já tô achando tendência! Vou por uma alça e usar no metrô”, ironizou um terceiro. 

Outro disse que vai se inspirar para criar a programação infantil de outubro. “Semana da bolsa maluca na escola”, dizia o comentário.

Atualmente, a economia de Arles se apoia no turismo, na agricultura – em especial a produção de arroz da Camarga e vinhos regionais – e em eventos culturais de grande porte. Hugo Kruip/Unsplash
Desde 1970, a província abriga os Rencontres d'Arles, um dos festivais de fotografia mais importantes e prestigiados do mundo, que transforma a cidade inteira em uma galeria a céu aberto. Wikimedia Commons/Gilzetbase
A presença do artista deixou uma forte marca cultural, e hoje Arles abriga fundações, galerias, roteiros e festivais dedicados à sua obra. Reprodução/YouTube
No fim do século 19, Vincent van Gogh viveu na cidade por cerca de 15 meses e produziu ali algumas de suas obras mais célebres, como “O Café à Noite” e “O Quarto em Arles”. Vincent van Gogh Domínio Público
A Catedral de Saint-Trophime, com seu pórtico esculpido em estilo românico, é um dos destaques desse período. djedj/Pixabay
Além da herança romana, Arles também teve grande importância durante a Idade Média, quando foi sede de um reino independente e um polo religioso relevante. Reprodução/YouTube
Essas construções, juntamente com outros vestígios da época romana, renderam à cidade o reconhecimento da UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade em 1981. Reprodução/YouTube
Entre os mais notáveis estão o Anfiteatro Romano, ainda utilizado para eventos culturais e touradas, o Teatro Antigo, as Termas de Constantino e a impressionante necrópole de Alyscamps. Wikimedia Commons/PierreSelim
Durante o Império Romano, prosperou como um dos principais centros administrativos e comerciais da Gália, o que explica o grande número de monumentos históricos preservados até hoje. Reprodução/YouTube
Inicialmente fundada pelos gregos como Arelate, mais tarde a cidade se tornou uma importante colônia romana. Flickr - Jorge Franganillo
Arles é uma cidade de aproximadamente 52 mil habitantes localizada no sul da França, na região da Provença-Alpes-Costa Azul, às margens do rio Ródano. Reprodução/YouTube
A escolha de Arles não foi por acaso: a cidade já foi referência em moda feminina, rivalizando até com Paris. Reprodução/YouTube
O objetivo do museu é mostrar como a moda é um reflexo da cultura e das transformações da sociedade ao longo do tempo. Reprodução/YouTube
Além de exposições, o museu abriga um centro de preservação e estudo, com biblioteca e oficina de restauração, onde cada peça recebe tratamento minucioso antes de ser exibida. Montagem/Divulgação Musée Fragonard de la Mode et du Costume
Seu legado agora é preservado pelas filhas, que buscam manter a mesma sensibilidade da matriarca. Divulgação/Musée Fragonard de la Mode et du Costume
A coleção nasceu da paixão da botânica HélÚne Costa, que passou décadas reunindo essas peças raras. Reprodução
O museu fica instalado em uma mansão do século 18 chamada Bouchaud de Bussy. Reprodução/TripAdvisor
O Musée Fragonard de la Mode et du Costume reúne um acervo de mais de 20 mil peças, incluindo trajes tradicionais, roupas do cotidiano e indumentárias festivas. Reprodução/TripAdvisor
Foi inaugurado em julho de 2025 na cidade de Arles, na Provença francesa, um museu dedicado à história da moda. Divulgação/Musée Fragonard de la Mode et du Costume

Apesar da ironia online, especialistas apontam que a coleção reafirma a identidade da Moschino como uma das marcas que mais sabem brincar com o humor e a teatralidade na moda.

‘Niente’

O lema “Reutilizar, Reciclar, Reimaginar” guiou a coleção, que trouxe sacos de batata transformados em saias e tops estruturados, cordas e cadarços convertidos em acabamentos de luxo e bolsas de couro com aparência de caixas de papelão estampadas com a inscrição “Frágil”.

Os acessórios também incluíram uma clutch de LED com a palavra Ciao, um balde de brinquedo, um buquê de flores e até escovas de banheiro reinventadas como sapatos. Appiolaza também resgatou ícones do legado da Moschino, como estampas de jornais, efeitos trompe-l’oeil e o Smiley, reinterpretados em novas versões.

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A crítica social também ganhou espaço. Uma camiseta infantil estampada com a palavra “Pare!” foi destacada pela jornalista Nicole Phelps, da Vogue, como referência ao provérbio indígena norte-americano: “não herdamos a Terra de nossos pais, nós a emprestamos de nossos filhos”.

Principais destaques e tendências da Moschino para a primavera-verão 2026

  • Bolsas excêntricas: em formato de panela, tijolo, buquê de flores, bandeja de frutas, balde de praia e caixa de papelão;
  • Releitura da Arte Povera: valorização de materiais simples, reciclados e cotidianos como símbolos de luxo;
  • Patchwork e sobras de tecidos: looks feitos a partir de retalhos, amostras de estoque morto e materiais comprimidos;
  • Camiseta “Niente”: peça-manifesto que resgata o espírito do fundador Franco Moschino. Trata-se de uma T-shirt branca com a palavra estampada em preto;
  • Estampas icônicas repaginadas: jornais dos anos 1990 com mensagens otimistas, efeitos trompe-l’oeil e smileys;
  • Acessórios irônicos: escovas de banheiro viraram sapatos e cachorros-balão apareceram como broches;
  • Materiais reciclados: malhas de ráfia feitas com plástico reutilizado e acabamentos com cordas e cadarços;
  • Tema floral: estampas, apliques e vestidos fluidos com babados e franjas, em clima artesanal e tridimensional.
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