OURO PRETO

Ufop vai investigar qualidade da água fornecida aos alunos

Instituição apresenta medidas de análise da água ao mesmo tempo que ARISB divulga relatório que aponta impurezas na água formicida pela Saneouro

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A Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) interditou bebedouros localizados no campus Morro do Cruzeiro, no Bairro Bauxita, em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, após a comunidade acadêmica manifestar preocupação sobre a qualidade de água fornecida.

A instituição de ensino apresentou um comunicando nessa quinta-feira (23/11) afirmando que uma equipe especializada vai coletar amostras de água em diferentes pontos de distribuição, que serão submetidas a análises laboratoriais para identificar se há a presença de contaminantes.

De acordo com o comunicado da Universidade, além das análises de laboratório, está sendo realizada uma avaliação completa da infraestrutura dos sistemas de água. Isso inclui a inspeção de encanamentos, reservatórios e outros componentes, para verificar possíveis fontes de contaminação.


Ao mesmo tempo que a Ufop passa por suspeitas sobre a qualidade da água, um relatório divulgado no dia 19 de setembro pela Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais (ARISB-MG), responsável por fiscalizar o serviços prestados pela empresa Saneouro, aponta a presença de coliformes totais na água dos ouro-pretanos e a presença de arsênio em captações subterrâneas.

A preocupação sobre a qualidade da água na cidade histórica veio à toma após a população tomar conhecimento do relatório de fiscalização realizado pela ARISB-MG que considerou que a Saneouro cometeu infrações graves (Grupo 3) relacionadas ao não cumprimento da prestação adequada dos serviços.
De acordo com a UFOP, as medidas tomadas pela instituição de ensino não tem relação com relatório da ARISB porque a água da UFOP não é gerida pela Saneouro.


Sobre as análises

As análises feitas pela ARISB foram nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) Itacolomi, Jardim Botânico, Funil e Amarantina no período entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023. Os resultados foram divulgados pela agência reguladora no dia 19 de setembro. Nos resultados, todas as ETAs apresentavam problemas em relação à qualidade da água.

De acordo com a ARISB-MG, no decorrer de 2023 houve cinco reuniões com a Saneouro e sucessivos pedidos e envio de documentos e informações, com o objetivo de esclarecer dúvidas e manifestação de soluções sobre a qualidade da água.

No relatório aponta que a Saneouro não realizou o monitoramento adequado de parâmetros mínimos, incluindo coliformes totais na saída do tratamento, evidenciando falhas no processo de desinfecção.

Além disso, a agência afirma que a presença de arsênio em captações subterrâneas é apontada como um passivo contratual, que a Saneouro estava ciente desde o início da concessão, optando por não desativar imediatamente, alegando risco de intensificação das intermitências.

Por isso, a ARISB-MG afirma que Saneouro não tratou com a devida severidade a presença de arsênio, deixando de monitorar rigorosamente pontos da rede de distribuição.

O que a Sanouro diz

Em relação ao relatório de fiscalização, a Saneouro afirma ter total comprometimento com a melhoria da quantidade e da qualidade da água distribuída à população desde que assumiu a concessão dos serviços de distribuição de água e esgotamento sanitário em Ouro Preto, em janeiro de 2020.

A concessionária destaca que herdou do município um sistema totalmente sucateado e, desde janeiro de 2020, já investiu aproximadamente R$ 60 milhões em melhorias, tanto na quantidade quanto na qualidade da água distribuída.

Os dados apresentados no relatório de fiscalização da ARISB-MG se referem ao período entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023.

A Saneouro informa que possui um plano de ação datado de julho de 2023, pactuado com a Prefeitura Municipal de Ouro Preto, que inclui ações para aprimorar a quantidade e qualidade da água distribuída à população. O plano está em execução desde então, com acompanhamento da prefeitura e conhecimento da própria ARISB-MG.

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