
Grupo de mineiros é sequestrado e torturado no México
Segundo informações, seis homens e uma mulher, que pretendiam entrar ilegalmente nos EUA, foram sequestrados e espancados com pedaços de madeira
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Siga noUm vídeo que mostra um grupo de mineiros, de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, e de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, sendo torturados por mexicanos, com pedaços de madeira, se espalhou na redes sociais e viralizou nesta quarta-feira (12/6). Eles foram sequestrados e espancados.
O fato ocorreu em Cancún, no México, onde um grupo de brasileiros aguardava para seguir em direção à fronteira daquele país para entrar nos Estados Unidos.
No entanto, segundo informações da imprensa mexicana, os coiotes – pessoas contratadas para fazer a entrada ilegal nos EUA –, não foram pagos e, por isso, decidiram se vingar dos brasileiros.
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As primeiras informações dão conta de que os agressores seriam taxistas de Cancún, que teriam sido instigados a participar de uma emboscada para os brasileiros. O grupo teria entrado em um veículo de transporte por aplicativo, que foi cercado pelos agressores.
Todos os oito ocupantes – sete homens, um deles o motorista de aplicativo, e uma mulher – foram levados para uma área de mata. No vídeo, aparece um dos homens e a mulher recebendo pauladas nas nádegas. O homem chora muito e clama por Jesus, para que a tortura parasse.
Outra informação, vinda do México, por meio do jornal “El Heraldo", é de que os mineiros ficaram em poder dos sequestradores por cerca de 12 horas.
Entenda
O fato ocorreu em 21 de maio, mas somente agora está sendo noticiado. Segundo o noticiário mexicano, os mineiros estariam num terminal rodoviário, e chamaram um veículo de aplicativo.
Quando deixaram o terminal, o carro em que estavam foi interceptado por dois outros veículos, e todos foram levados para um esconderijo nas cercanias de Cancún. Os veículos pertenciam a um dos sindicatos de taxi da cidade, o Andres Quintana Roo.
Além de serem espancados e torturados, os mineiros tiveram todos os pertences roubados. Depois de 12 horas, eles foram libertados e tiveram de caminhar por quatro quilômetros, quando foram socorridos por agentes da Secretaria de Segurança Cidadã e Trânsito Benito Juárez.
Três das vítimas, dois homens e uma mulher, foram hospitalizadas. As demais ficaram sob custódia da polícia mexicana, que está cuidando do caso.
O diário “El Heraldo” publicou, ainda, que o presidente da Associação de Hotéis de Cancún, Jesús Almaguer, soltou uma nota onde informa que "está monitorando e pressionando as autoridades para punir essas pessoas de forma exemplar. É terrível que eles machuquem tanto a imagem da cidade".
O jornal diz também que o Sindicato Andrés Quintana Roo não se manifestou, embora tenha sido acusado.
O fato foi tema também de matéria em um site de brasileiros nos Estados Unidos, o "acheiUSA". Questionado sobre o ocorrido, o Itamaraty ainda não apresentou nenhuma posição do governo brasileiro.