Um cometa raro avistado em Minas Gerais e outros estados brasileiros nos últimos dias deve ser o mais brilhante de 2025 e sofreu um alongamento de órbita. O fenômeno fará com que ele seja avistado novamente somente daqui a 600 mil anos.

 

Vini Pissá - Vista noturna de cometa fotografado na última sexta-feira (18/1), enquanto passava pelo céu mineiro
Vini Pissá - Um cometa é formado por água, dióxido de carbono, poeira e rocha
Vini Pissá - Cometa só poderá ser visto novamente daqui a 600 mil anos
Vini Pissá - Cometa foi nomeado como C/2024 G3 ATLAS
Vini Pissá - Em sua passagem nos últimos dias, o cometa C/2024 G3 ATLAS surpreendeu astrônomos com seu brilho intenso inesperado
Vini Pissá - Astro foi fotografado na última sexta-feira (18/01) no céu de cidade mineira

O ex-coordenador do grupo de Astronomia da Universidade Federal de Minas Gerais e professor aposentado da UFMG, Renato Las Casas, conta que o astro celeste teve um brilho acima do esperado, o que tornou o fenômeno mais admirável. 



O cometa C/2024 G3 ATLAS foi registrado pelo fotógrafo Vini Pissá no céu de Iguatama, na região Oeste de Minas Gerais, na última sexta-feira (18/01). As imagens foram feitas perto de 19h30. A 234 km de distância, em Belo Horizonte, Renato Las Casas comenta que também conseguiu avistar o corpo celeste no último fim de semana. 

“A gente nunca sabe como será o brilho do cometa, depende de muitos fatores e se ele vai conseguir sobreviver a parte mais próxima do sol. E esse estava muito brilhoso”, afirma Las Casas. 

Conforme o astrônomo, muitas pessoas acham que o cometa tem brilho próprio, mas a sua luminosidade, na verdade, está relacionada à proximidade com o sol. Las Casas explica que o cometa é formado de água, dióxido de carbono, poeira e rocha, e em determinado momento de sua órbita passa a refletir a luz solar. 

O cometa que pôde ser avistado pelo hemisfério sul desde o dia 13 de janeiro foi fotografado também pelo astrônomo amador, Pedro Augusto, de 17 anos de idade. O brasileiro, de Goiânia (GO), também conseguiu registrar o astro na última sexta-feira (18/01). Para o portal G1, o jovem cientista contou que, devido a um alongamento da órbita, o corpo celeste, que poderia ser visto outra vez no Planeta Terra daqui a 120 mil anos, só poderá ser visto daqui a 600 mil anos. 

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Renato Las Casas, explica que o alongamento da órbita pode acontecer quando o cometa entra na órbita de planetas gasosos como Netuno, Júpiter ou Saturno, o que pode causar um "efeito raquetada ou efeito estilingue". 

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