“A cena dele armado não sai da minha cabeça, ele se aproximando e mostrando a arma pra mim”, relatou a mãe e funcionária pública vítima de assalto na saída do Colégio Santo Agostinho, no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte, no início da noite dessa segunda-feira (24/2).
“Foi um susto gigantesco! Quando ele se aproximou de mim e disse que não era para gritar, me mostrou a arma e falou para eu retirar as crianças. Na hora, eu chamei meus meninos pelo nome, pedindo para eles descessem rapidamente do carro”, relatou a funcionária pública em entrevista ao Estado de Minas.
Ela estava colocando as mochilas dos filhos de 4 e 7 anos no porta-malas quando foi abordada pelo homem armado. Segundo a vítima, o suspeito se aproximou e aparentava estar falando com alguém pelo celular. Ele disse para ela não gritar, levantou a blusa e mostrou a arma.
“A ação foi muito rápida. Ele pediu a chave do carro, disse que não queria nos machucar e que era para eu retirar as crianças do carro. Consegui tirar as crianças com segurança e também as mochilas, que estavam no porta-malas. Ele teve dificuldade em sair com o carro, arrancou com o porta-malas aberto e subiu o morro da Daniel de Carvalho no sentido oposto da escola”.
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A mulher correu com os filhos para dentro da escola e foi amparada por funcionários do colégio. “Os monitores levaram as crianças para dentro até que meu esposo chegasse. Enquanto isso, eu estava aguardando a polícia chegar. A supervisora ficou comigo até concluir o boletim de ocorrência”.
O pai de um outro aluno presenciou o crime e seguiu o assaltante até o Campo do Cascalho (campo de futebol), no Bairro Grajaú. Segundo essa testemunha, o homem entrou com o carro no aglomerado Morro das Pedras. “Ele decidiu seguir o bandido de carro, mas parou quando ele entrou na favela”.
Agora, a mulher pensa em procurar ajuda psicológica para os filhos. O mais novo, de 4 anos, viu o homem armado. “O mais velho não quer falar no assunto. Já o pequeno fica perguntando porque o ladrão com arma levou nosso carro”.
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Até o momento, o carro, um Honda HR-V, não foi localizado. A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a Polícia Civil para saber detalhes da investigação do caso e aguarda retorno.