A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, em Montes Claros, no Norte de Minas, um homem de 55 anos suspeito de estupro de vulnerável contra uma menina de 12 anos. A garota é sua filha adotiva.
As investigações apontam que a garota vinha sofrendo abusos há cinco anos. O caso começou a ser descoberto durante uma palestra sobre violência contra a mulher em uma escola estadual onde a vítima estuda.
A delegada Karine Maia, da Delegacia de Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Montes Claros, conta que uma policial civil participou de um evento na Escola Estadual Hamilton Lopes em comemoração do Dia Internacional da Mulher. No evento, a policial ministrou a palestra sobre o tema “Conquista e novos espaços ocupados pela mulher na sociedade contemporânea”.
Leia Mais
Segundo Karine Maia, durante a palestra, a policial abordou os abusos sexuais contra mulheres, crianças e adolescentes. A policial percebeu que uma das alunas da plateia apresentava comportamento estranho. “A menina chegou até a chorar”, relata.
Desconfiada, a palestrante recomendou que a diretoria da escola observasse a garota com mais atenção. Na segunda-feira (17/3), a policial responsável pela palestra voltou ao educandário e conversou com a aluna, que denunciou que estava sendo vítima de abusos sexuais pelo pai adotivo. Declarou que violência sexual iniciou desde que foi adotada, quando tinha sete anos.
- MG: corpo de Clara Maria é sepultado em Uberlândia
- BH: homem morre após passar mal em academia
- Jovem é indiciado por matar mulher após briga de trânsito
A delegada Karina Maia disse que a criança relatou que tinha sido estuprada, mais de uma vez, pelo pai adotivo na manhã da mesma segunda-feira. Por isso, uma equipe policial esperou pelo suspeito na porta da escola e efetivou a prisão dele em flagrante quando ele apareceu para buscar a filha adotiva.
Segundo a Polícia Civil, o homem não esboçou reação e ficou calado ao ser preso. Ele continua detido preventivamente.
Conforme a delegada Karine Maia, a vítima contou que que o pai adotivo a ameaçava para que não contasse nada pra ninguém sobre os abusos sexuais que sofria. Ele teria ameaçado a menina a “devolvê-la” para o abrigo de onde ela foi retirada antes da adoção.
A delegada revelou ainda que o suspeito sempre cometia os abusos quando a mulher dele saía para trabalhar em uma escola pública. A esposa dele também foi ouvida em depoimento à polícia, sendo verificado que ela não teve nenhuma conivência com a violência sexual cometida pelo marido contra a menina adotada. Por isso, a mulher vai continuar com a guarda da criança.