LUTO

Casal que morreu em cachoeira será enterrado nesta segunda (21/4)

Thássia de Almeida e Leone Barbosa estavam no Parque Estadual Serra do Intendente (MG) quando foram arrastados por uma correnteza causada por uma cabeça d’água

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O casal encontrado morto nesse domingo (20/04) após uma cabeça d’água no Cânion do Peixe Tolo, na Cachoeira Bocaina, no Parque Estadual Serra do Intendente, Região Central de Minas Gerais, será enterrado na tarde desta segunda-feira (21/04). Thássia de Almeida, de 36 anos, e Leone Barbosa, de 38, eram amantes de viagens e utilizavam o Instagram para compartilhar a paixão por descobertas de novos lugares.

O velório será realizado às 14h30 na Capela Lembrança do Cemitério Belo Vale, em bairro homônimo, localizado em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O sepultamento acontecerá no mesmo local, às 16h30.

Os corpos foram encontrados na tarde de ontem pelas equipes terrestres do Corpo de Bombeiros e levados a um local seguro até a chegada do rabecão. A Prefeitura de Conceição do Mato Dentro lamentou a morte do casal e informou que o atrativo está temporariamente fechado.

O Executivo municipal informou que o casal fazia parte de um grupo de 12 pessoas, acompanhado por um condutor local, que foi surpreendido por uma cabeça d’água provocada por uma chuva repentina, que caiu às 15h de sábado, e arrastou Thássia de Almeida e Leone Barbosa. O pedido de socorro chegou aos bombeiros por volta das 19h.

Já o Corpo de Bombeiros diz que o grupo era formado por 10 pessoas, incluindo o casal morto. Os militares também foram surpreendidos por duas cabeças d’água durante o percurso para subir o rio e chegar à Cachoeira da Bocaina. A rota de acesso pelas margens foi tomada pelo fenômeno.

Apesar do trajeto de difícil acesso, os bombeiros seguiram por dentro do rio e localizaram parte do grupo por volta de 1h45 da madrugada de domingo. Todos estavam bem, mas assustados pela situação.

Os bombeiros passaram a madrugada com as vítimas a fim de aguardar o dia amanhecer por questões de segurança. Na volta, eles fizeram o mesmo caminho. Todos foram levados para um local seguro. Os corpos deram entrada no Instituto Médico-Legal (IML) de Diamantina. O atrativo natural Cânion do Peixe Tolo está temporariamente fechado.

Redes sociais

As últimas imagens de Thássia de Almeida e Leone Barbosa, publicadas na sexta-feira (18/4), foram feitas em uma cachoeira em Tabuleiro, distrito de Conceição do Mato Dentro, na Região Central do estado, e em Urubici, Santa Catarina, quando o casal visitou o Cânion Espraiado. O casal também esteve em Florianópolis, recentemente, visitando algumas praias.

"Localizado dentro de uma propriedade particular, o acesso só é possível com veículo 4x4. Dona Sônia, guardiã do Cânion, nos recebeu em seu simpático container, com um cafezinho feito no fogão à lenha e quitutes caseiros. A caminhada pela borda do Cânion leva cerca de 1h30 e revela paisagens incríveis, como a Cachoeira do Adão", destacou trecho da publicação.

Em outro vídeo, publicado em 2 de fevereiro, Thássia compartilhou parte da experiência que teve ao lado do marido durante passeio em Caraíva, uma vila situada em Porto Seguro, no extremo Sul da Bahia. Por lá, o casal teve contato com uma comunidade indígena. "As experiências culturais enriquecem e tornam sua viagem ainda mais inesquecível", escreveu em parte da legenda.

De modo geral, Thássia e Leone buscavam destinos em meio à natureza — como cachoeiras, rios e montanhas — e cidades históricas, contabilizando mais de 50 destinos pelo Brasil. O casal divulgava dicas de viagens para os seguidores. "Em 2013, nascia em mim a alma viajante, quando voei pela primeira vez para conhecer Porto Seguro (BA)", escreveu Thássia em 2023.

Cabeça d’água

Segundo o Corpo de Bombeiros, a cabeça d’água é um fenômeno típico do verãocaracterizado pelo aumento repentino do volume de um rio causado por chuvas, geralmente próximo à nascente. Costuma ocorrer nas cabeceiras dos rios ou em trechos mais altos de seu percurso, onde há escoamento superficial da água.

Os banhistas devem ficar atentos aos sinais de uma possível cabeça d’água, como o aumento repentino na velocidade e no nível da água, assim como uma mudança brusca na sua cor, que pode ficar barrenta.

Outro sinal é a presença de folhas e galhos na água, que são carregados devido ao aumento do volume de escoamento nos leitos dos cursos d’agua. Estrondos também podem significar a chegada do fenômeno.

O que fazer

Ao perceber os sinais de uma cabeça d’água, os banhistas devem sair da água e se afastar o mais rápido possível, buscando locais mais altos e seguros. Se estiver em grupo, avise a todos.

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Caso fique ilhado, mantenha a calma e, se possível, entre em contato com o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. Nunca atravesse rios durante o fenômeno.

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