FALTA DE PROVAS

BH: acusado de tentar matar advogado para ficar com carro dele é inocentado

Daniel Ribeiro dos Santos era réu por tentativa de homicídio contra André Muradas, em novembro de 2022, mas foi absolvido por falta de provas

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O conselho de sentença do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte absolveu na tarde desta quarta-feira (18/6), por maioria de votos, Daniel Ribeiro dos Santos. Ele era réu por tentativa de homicídio contra o advogado André Muradas, em novembro de 2022, no Bairro Vila Barragem Santa Lúcia, na Região Centro-Sul da capital.

A promotoria de Justiça pediu a absolvição depois de reconhecer que o processo não trouxe elementos suficientes que justificassem uma condenação.

Ainda conforme a promotoria, a “deficiência da investigação” resultou na falta de provas importantes. Nesse sentido, as quebras dos sigilos telefônico e bancário não aconteceram — um procedimento fundamental para estabelecer ligação entre Daniel e seu então comparsa, que também foi absolvido (entenda mais abaixo).

O que dizia a denúncia?

Segundo a denúncia do Ministério Público (MPMG), Daniel é filho do dono de uma oficina mecânica e recebeu do advogado um carro Nissan Livina para reparos. A partir da entrega do veículo na oficina, o denunciado, em vez de providenciar o orçamento para o conserto, passou a sustentar, falsamente, que o carro precisaria de diversos reparos, “induzindo e mantendo a vítima em erro para obter vantagens indevidas”.

A situação continuou por cerca de dois meses. Nesse período, o advogado pagou a Daniel a quantia de R$ 3.496 para os reparos do carro. A partir do dia 21 de novembro de 2022, o Ministério Público alega que Daniel se apropriou do carro da vítima e decidiu não devolvê-lo ao advogado. Dessa forma, o acusado planejou matar a vítima “com o objetivo de garantir o proveito dos crimes patrimoniais já consumados”.

No dia 30 de novembro daquele ano, Daniel fez contato com o advogado e pediu para que ele fosse até a oficina buscar o carro. Quando a vítima se aproximou do local, ela foi atingida por disparos de arma de fogo. Durante a ação, o advogado conseguiu correr e se abrigar em um comércio. Ele foi socorrido e encaminhado para o hospital.

Suposto comparsa inocentado

Ainda segundo o MPMG, Daniel planejou o crime com Everton Matheus Santos, que teria efetuado os disparos de arma de fogo. “O crime foi praticado pelos dois denunciados a fim de assegurar a impunidade dos crimes de estelionato e apropriação indébita”, afirmou à época o Ministério Público. O caso foi desmembrado, e Everton, julgado em outubro de 2024, quando foi absolvido.

O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da 2ª Presidência de Belo Horizonte entendeu que houve tentativa de homicídio contra o advogado. No entanto, por maioria de votos, não foi reconhecido que Everton teria feito os disparos.

No tribunal, o réu negou ter cometido o crime. Ele ressaltou que já se envolveu com tráfico de drogas, mas, na época, já tinha se desvinculado.

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