MG: tombamento de carreta causa outros acidentes na BR-381
Fila registrou um pico de 33 quilômetros na rodovia, desde Camanducaia (MG) a Bragança Paulista (SP). O motorista foi resgatado com ferimentos moderados
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Siga noO tombamento de uma carreta com materiais de construção bloqueou a BR-381 em Camanducaia (MG), no Sul do estado, nessa quarta-feira (25/6). O acidente causou um pico de congestionamento de 33 quilômetros e, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), vários mini acidentes foram causados na fila. No total, o trecho ficou bloqueado por 13 horas.
Segundo o posto da PRF em Itapeva (MG), que atendeu a ocorrência, o tombamento aconteceu em uma curva, na altura do quilômetro 934, às 14h30. O veículo, composto pela cabine, um caminhão-trator e duas carretas, atravessou a pista e teve a carga espalhada pelo acostamento, causando o bloqueio total no sentido Belo Horizonte.
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A cabine do veículo não colidiu contra outro objeto e não teve danos graves. O motorista, no interior, teve ferimentos moderados e foi encaminhado ao hospital pela concessionária responsável pelo trecho. Seu estado atual de saúde não foi divulgado.
A situação se agravou no trecho por não ter rotas alternativas para todo tipo de veículos. De acordo com informações policiais, há saídas alternativas para carros pequenos, que conseguem dar meia-volta e retornar ao local de origem, passando por Bragança Paulista (SP). Porém, devido ao estreitamento da pista com duas faixas, veículos maiores não conseguem fazer a mesma rota.
A pista ficou bloqueada até às 22h53h, quando uma faixa foi liberada. O trecho registrou várias colisões no decorrer dessas nove horas de bloqueio. Conforme a PRF, os acidentes provocaram apenas danos materiais em batidas entre carretas e caminhões, sem nenhuma vítima.
Um desses acidentes foi entre duas carretas, na altura de Extrema (MG), às 23h03, minutos após a liberação. Segundo a Arteris Fernão Dias, concessionária responsável pelo trecho, duas carretas colidiram no km 942 da rodovia, sentido BH. Não houve feridos, mas a pista precisou ser totalmente interditada novamente.
A faixa esquerda foi liberada cerca de 45 minutos depois, e o fluxo só foi normalizado por volta das 2h15. A ocorrência gerou um pico de 25 quilômetros de congestionamento. Durante a madrugada, ainda havia reflexos na rodovia, com lentidão entre os quilômetros 28 e 36, já em Atibaia (SP).
As outras colisões citadas pela PRF não tiveram registro oficial. Segundo o posto policial, algumas dessas colisões aconteceram em trechos apertados, os quais viaturas da concessionária não conseguiram acesso. Com isso, os veículos foram empurrados com a ajuda dos próprios motoristas presentes no congestionamento.
Conforme a Arteris, o trecho teve um pico de congestionamento de 33 quilômetros. Porém, a informação da PRF é que o trecho tenha registrado uma fila de 50 quilômetros.
Travamento
De acordo com a equipe policial, muitos dos acidentes se deram pela configuração de travamento veicular. Isto porque, depois de uma hora parados, os caminhões de frotas empresariais são bloqueados e precisam de autorização da central para o religamento.
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No entanto, o trecho de Camanducaia não pega sinal de telefonia das operadoras Tim, Oi e Claro, o que faz com que os motoristas precisem pedir ajuda uns aos outros ou façam contato em postos com sinal de satélite, o que demora ainda mais na liberação do tráfego.
Outra situação é que, pelo longo tempo de espera, os motoristas podem dormir ao volante e perder o momento de acelerar, causando colisões leves.