'Gangue da Maçã' ostentava furto de iPhone nas redes sociais; veja vídeo
Operação na noite dessa quinta-feira (26/6) prendeu três autores e recuperou oito aparelhos roubados, além de correntes, brincos e dinheiro em espécie
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Siga noA prisão de três integrantes da "Gangue da Maçã", na noite dessa quinta-feira (26/6), em Belo Horizonte, revelou o modo de agir do grupo especializado em furtos de iPhones. Um dos integrantes ostentava o furto dos celulares e os pagamentos das vendas nas redes sociais. Transmissões ao vivo sobre os crimes também eram feitas.
Um dos suspeitos, um jovem de 19 anos, se autodeclara como o “Terror da Zona Sul” e era rastreado pelo serviço de inteligência da Polícia Militar e pelo departamento de inteligência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) pelo envolvimento em furtos na região.
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A operação resultou na prisão de dois jovens de 19 anos, por furto, e de uma mulher, de 31 anos, por receptação. Ao todo, foram recuperados oito celulares roubados, quatro correntes e brincos dourados, um líquido que identifica ouro, papel alumínio e uma balança de precisão.
Nas redes sociais, ele mostrava os celulares furtados e os pagamentos que recebia da receptadora. Em uma das publicações, transmitida em formato de live no Instagram, o comparsa filmou uma abordagem a uma motorista de aplicativo parada em um sinal de trânsito, que resultou no furto do celular. O aparelho, de modelo iPhone 11, foi rastreado e as informações levaram à prisão do suspeito, juntamente do comparsa olheiro e da receptora.
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Em um dos vídeos, um dos jovens mostra um tênis e diz: “Mãe Venezuela deixa é forte, agora to de 1000 no pé, sô. Credo, sô! Vai pegando, tropinha. Tem que ser a Mamãe Venê”.
Nos vídeos, o jovem mostrava os aparelhos furtados e os pagamentos que recebia em produtos das lojas onde a receptadora trabalhava. Aos militares, ele relatou que entregava os aparelhos a uma mulher venezuelana em um bar, no centro da capital, e recebia pagamentos em produtos.
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A mulher foi encontrada e admitiu que adquire telefones com a dupla, mas que “não sabe” a procedência. Os telefones eram revendidos em shoppings populares. Os três foram presos e os materiais, apreendidos.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp), a operação foi resultado de uma ação conjunta entre a Agência Central de Inteligência e o Batalhão de Polícia Militar Rodoviária.
O grupo criminoso vinha sendo monitorado por envolvimento em furtos e roubos de celulares, principalmente iPhones, além de integrar uma rede de receptação. Os suspeitos, que se autointitulavam “Gangue da Maçã”, exibiam nas redes sociais os produtos dos crimes e o dinheiro obtido.
Ao todo, foram recuperados oito aparelhos celulares e três pessoas foram presas. Segundo Murillo Ribeiro de Lima, diretor-geral da Agência Central de Inteligência da Sejusp, a cooperação entre os serviços de inteligência foi fundamental para a desarticulação do grupo, que vinha lesando vítimas na capital e Região Metropolitana. A pasta considera que a prisão dos autores e dos receptadores contribui diretamente para a redução dos crimes patrimoniais e das ações violentas no estado.
Em nota, a PC informou que ouvirá o trio nas próximas horas. Assim que finalizado o interrogatório, novas informações serão divulgadas.