Presos em MG dois suspeitos de bolarem roubo de petróleo bruto no RJ
Investigações são feitas pela Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro; suspeitos foram presos em Além Paraíba, na Região da Zona da Mata
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Siga noDois suspeitos foram presos em Além Paraíba (MG), na Região da Zona da Mata, em cumprimento a mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro, em função de uma operação realizada pela Polícia Civil fluminense e Ministério Público RJ. A ação conjunta visa uma organização criminosa especializada no furto de petróleo bruto.
A prisão dos suspeitos em Minas Gerais foi realizada nesta quarta-feira (2/7), durante a Operação Infractio. O trabalho da polícia do no Rio de Janeiro apontou que os presos atuavam de forma estruturada e persistente ao longo dos últimos anos, mesmo após terem sido alvos de diversas operações policiais.
As investigações tiveram início em agosto de 2024, quando foi descoberto que teria havido uma tentativa de subtração de petróleo bruto, na região de Rio das Flores (RJ). Técnicos da Petrobras identificaram movimentações suspeitas e localizaram um túnel escavado com aproximadamente sete metros de extensão, projetado para acessar clandestinamente a tubulação e viabilizar o furto.
O crime só não ocorreu por causa da ação integrada entre o setor de segurança da empresa atacada e a Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) do Rio, que conseguiram impedir a consumação do furto, evitando um potencial desastre ambiental, já que a perfuração ocorria nas imediações do Rio Paraíba do Sul, responsável pelo abastecimento de milhões de pessoas em três estados.
Ainda durante as investigações, descobriu-se um alto grau de sofisticação da organização criminosa, que utilizava veículos alugados por terceiros, contas bancárias de laranjas e comunicações criptografadas, com o objetivo de dificultar a identificação dos verdadeiros responsáveis.
Reincidência
Os investigados já tinham sido alvos de outras cinco operações anteriores, o que comprova a reincidência e o desprezo às medidas cautelares anteriormente impostas pelo Poder Judiciário.
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Os líderes do grupo foram alvos também da Operação Ouro Negro, deflagrada pela própria DDSD quando foram identificadas ligações diretas com um contraventor. Outros integrantes da organização criminosa estão na mira desta ação. Os suspeitos já foram identificados e, segundo as investigações, atuavam de forma estruturada no suporte logístico à prática dos crimes, especialmente no pagamento de despesas e ocultação da identidade dos mandantes.