INVESTIGAÇÃO

BH: homens são presos suspeitos de participar de ataque cibernético a banco

A organização criminosa desviou aproximadamente R$ 107 milhões de uma instituição financeira no Pará; parte do dinheiro seria resgatado em agência da capital 

Publicidade
Carregando...

Dois homens, de 24 e 28 anos, foram presos em flagrante, no Centro de BH, por suspeita de integrarem um grupo criminoso investigado pelo ataque cibernético a um banco no estado do Pará. O crime contou com o auxílio de um gerente da instituição financeira da cidade de Santa Inês, no interior do Pará. Ao todo foram desviados R$ 107 milhões do banco. 

Os homens foram presos na última quinta-feira (3/7), quando tentavam sacar R$ 2 milhões em uma agência bancária localizada na Região Central de BH. Os investigadores já sabiam que o dinheiro era proveniente do ataque ao banco do Pará. Com eles, os policiais apreenderam R$ 1.564 em espécie, dois celulares e um veículo. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), até o momento, cerca de R$ 63 milhões dos valores desviados já foram recuperados.

O delegado Anderson Resende Kopke disse que a PCMG foi informada, por meio de troca de informações de inteligência, sobre uma movimentação bancária atípica e da tentativa de saque dos R$ 2 milhões em uma agência no Centro da capital, na semana passada.

“Houve a implantação de um sistema eletrônico para a captura de senhas de um banco no estado do Pará. Os valores foram retirados de uma agência bancária de Belém. Foram furtados R$107 milhões desse banco. Esse montante foi depositado em várias contas espalhadas por dez estados do Brasil”, explica. 

Segundo Kopke, para Minas Gerais vieram cerca de R$35 milhões que foram depositados em 21 contas bancárias que seriam de laranjas do esquema.


Envolvimento no crime  


Os dois presos são Yuri Moraes, de 24 anos, e Bruno Marques, de 28. Eles são empresários, e, de acordo com a PCMG, teriam apresentado um contrato falso de compra e venda de um imóvel para justificar o saque. O delegado destacou que quando foram informados da tentativa de retirada do dinheiro, os policiais já sabiam que o valor faria parte do montante desviado da instituição no Pará. 

Marques é que tentava sacar o dinheiro. Já Moraes confidenciou aos policiais que receberia R$50 mil pela participação no crime. Foi ele que fez contato com o amigo Marques para que emprestasse a conta para o depósito do dinheiro. Para isso, o suspeito receberia R$200 mil. 

“Eles estão envolvidos com a prática do crime porque têm contato com os membros da organização criminosa especializada nesse tipo de crime. Todos, de alguma forma, compõem essa organização criminosa. As informações que recebemos, inclusive da Polícia Civil do Pará, é que um gerente teria sido cooptado pela organização criminosa”. Segundo as investigações, ele é que teria implantado o dispositivo eletrônico para capturar as senhas e fazer os desvios de valores das contas dos clientes.

Ainda de acordo com o delegado, a instituição bancária já ressarciu os clientes, mas ainda amarga um prejuízo. Os dois homens foram presos pela participação no furto qualificado, lavagem de dinheiro, falsificação de documento público e pela possível integração em organização criminosa. 

As investigações sobre o crime continuam. “Temos que seguir a linha do que compôs esse golpe em Minas Gerais, os possíveis intermediários, cooptadores de integrantes da organização e tentar identificar todos os membros dessa organização”, afirma Kopke. 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Os investigadores não descartam a ligação desses criminosos com o ataque cibernético que causou prejuízo de cerca de R$ 1 bilhão a oito instituições financeiras, na semana passada. Na quinta-feira (3/7), a Polícia Civil de São Paulo prendeu um suspeito de participação no ataque. “A possibilidade existe porque a forma de agir é semelhante, mas não temos como afirmar nesse momento”, concluiu. 

Tópicos relacionados:

furto minas-gerais

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay