ERVÁLIA

Animais mortos de forma cruel: abatedouro leva multa de R$ 503 mil em MG

Condições insalubres e métodos de abate que desrespeitam a legislação foram identificados pela polícia ambiental, com apoio de fiscais do IMA

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A Polícia Militar do Meio Ambiente e fiscais do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) encontraram um abatedouro clandestino no município de Ervália (MG), na Zona da Mata, na última sexta-feira (4/7). A assessoria da polícia ambiental divulgou a ocorrência nessa segunda-feira (7/7).

A ação conjunta acontece após denúncias relacionadas ao abate clandestino de animais, maus-tratos durante o procedimento de abate e lançamento irregular de efluentes em curso d’água local. Uma multa de R$ 503 mil foi aplicada e um auto de infração ambiental foi lavrado.

Durante a chegada da equipe ao imóvel, um indivíduo foi avistado no interior da propriedade e, ao notar a presença da fiscalização, fugiu. Outro homem, identificado posteriormente como sócio do empreendimento, compareceu ao local, foi ouvido e liberado.

Os militares visualizaram carcaças e carnes penduradas no interior do estabelecimento e, diante dos fortes indícios de crime ambiental e da situação de flagrância, ingressaram na propriedade por acesso lateral, usualmente utilizado para condução de animais”, explicou em comunicado a PM ambiental.

Quatro cabeças de gado penduradas e dispostas no ambiente, com sinais de afundamento craniano, sem perfurações compatíveis com o uso de pistola atordoante pneumática, indicam a inobservância dos protocolos de abate humanitário exigidos pela legislação vigente. Veja a seguir a relação das demais irregularidades apuradas pelas autoridades:

  • Baldes contendo grande volume de sangue, aparentemente recente;
  • Considerável quantidade de vísceras no solo do estabelecimento;
  • Diversas peças de carne dispostas sobre bancadas e penduradas em ganchos fora da câmara fria;
  • Marreta de grande porte localizada ao final do túnel do curral, reforçando a hipótese de realização do abate por métodos artesanais e cruéis;
  • Câmara fria contendo grande quantidade de carne imprópria armazenada;
  • Um gato circulando em meio às vísceras;
  • Caminhonete com motor ainda quente e resíduos de sangue na carroceria, estacionada no interior do estabelecimento, indicando que o veículo estava sendo utilizado para o transporte;
  • Caixas de dejetos instaladas no local, mas o sistema apresentava aparente ineficiência.

O caso foi encaminhado à Polícia Civil e ao Ministério Público. 

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