BRIGA DE TRÂNSITO

Menina de 10 anos baleada na cabeça por policial morre depois de um mês

Ultrapassagem fez suspeito fechar o outro carro e disparar tiros, que, segundo a defesa dele, teriam sido para o alto; uma bala atingiu a criança

Publicidade
Carregando...

A menina Lavínia Freitas de Oliveira e Souza, de10 anos, baleada na cabeça por um policial penal durante uma briga de trânsito, morreu nesta quarta-feira (16/7) depois de um mês internada na Santa Casa de Juiz de Fora. Suspeito de disparar o tiro, Márcio da Silveira Coelho segue preso.

O caso aconteceu na estrada que liga Diogo de Vasconcelos e Porto Firme, na Zona da Mata mineira, em 15 de junho. Ela estava no carro com o pai, a caminho da casa da avó, quando o policial ficou inconformado com a ultrapassagem feita pelo pai da criança.

No momento em que cruzavam a localidade de Vinte Alqueires, o pai da menina percebeu um carro no encalço dele. O veículo o ultrapassou e parou um pouco mais à frente, cruzando o carro na estrada. Não havia como passar pelo local e o motorista parou o veículo dele, um VW Santana.

Do outro carro, desceu um homem moreno, de estatura mediana e usando boné. O pai da menina pensou ser uma assalto. A reação foi acelerar o carro e passar à direita, na estrada. Neste momento, o policial, de dentro do outro carro, começou a disparar. Um dos disparos atingiu a cabeça da menina.

A menina teve o crânio perfurado pela bala e foi levada ao Hospital Arnaldo Gavazza Filho, em Ponte Nova, também na Zona da Mata. Mas, devido à gravidade do caso, acabou transferida para a Santa Casa de Juiz de Fora. 

O advogado de Márcio da Silveira, Rafael Abeilar, disse que "o servidor público retornava de viagem com sua esposa, sua filha, de apenas 1 ano e um mês, e sua enteada, de 10 anos, quando passou a ser seguido de forma suspeita por um veículo com vidros totalmente escurecidos". A defesa afirma que o policial se sentiu ameaçado e, sem saber quem estava dentro do carro, por causa do insulfilme, fez disparos para o alto. Conforme o advogado, o único intuito do policial era afastar o veículo e proteger a família dele.

De acordo com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Márcio Coelho permanece preso e à disposição da Justiça na Casa de Custódia do Policial Penal e do Agente Socioeducativo, em Matozinhos (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde 17 de junho.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou Márcio por tentativa de homicídio qualificado contra duas vítimas: Marcelo e Lavínia. A denúncia aponta que o acusado agiu com motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas. A juíza da comarca de Piranga (MG), Clara Maciel Antunes Barbosa, aceitou a denúncia e o processo será julgado pelo Tribunal do Júri.

Com informações de Ana Brisa* 

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay