BH: mulher se passa por tenente da PM e é presa no Barreiro
No Linkedin, ela se dizia chefe do Núcleo de Justiça e Disciplina (NJD) e bacharel em direito
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Siga noUma mulher de 23 anos se apresentava como tenente da Polícia Militar (PMMG), inclusive em redes sociais, com o objetivo de aplicar golpes e obter vantagens financeiras. Ela foi presa em flagrante na noite dessa segunda-feira (22/7) em uma lanchonete, no Barreiro, em Belo Horizonte.
No Linkedin, ela se dizia chefe do Núcleo de Justiça e Disciplina (NJD) e bacharel em direito. Também está nas redes que a mulher já foi coordenadora de concurso, subcomandante da 6ª Cia PM Ind em 2022 e 2023 e chefe da ALCO 32° BPM em 2021, dentre outros cargos. Era tudo mentira.
A foto de perfil era uma montagem dela com o uniforme da PMMG. Em um dos posts, feito há seis meses, a suspeita afirmava: “Dia especial, assumo a chefia do Núcleo de Justiça e Disciplina - 41º BPM/PMMG”.
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A falsa tenente foi descoberta a partir de uma operação feita pelo serviço de inteligência da corporação. A jovem foi presa em flagrante em uma lanchonete, no Bairro Milionários, depois de enganar o dono do estabelecimento. Ela negociava uma sociedade. O homem disse aos policiais que a mulher queria entrar como sócia no empreendimento e tinha o valor necessário, mas nunca o apresentou.
Aos policiais, no momento em que a encontraram, ela afirmou que faria um investimento na lanchonete por meio de um consórcio de uma instituição financeira. No entanto, os documentos também eram falsos.
Documentação falsa
De acordo com a polícia, foram encontrados na casa da suspeita documentos falsificados, crachás da PMMG, cartões bancários em nomes diversos, aparelhos celulares e uma réplica de arma de fogo. Ela se passava por advogada também e, para isso, usava o número da OAB-MG de um profissional registrado.
A jovem confessou ter criado identidades fictícias, para tentar receber benefícios do governo, e forjado documentos como alvarás, cartas da Previdência Social e procurações usando o número da OAB, que não é dela.
Por todos os crimes, ela responderá por estelionato, falsidade ideológica, usurpação de função pública e furto. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, por meio de nota, que a mulher foi conduzida à delegacia e ouvida. Após os procedimentos, a suspeita ficou à disposição da Justiça para as medidas legais cabíveis.
“A investigação prossegue para a completa elucidação dos fatos, e outras informações poderão ser prestadas em momento oportuno”, diz a nota.
Mais mentiras
Além dos delitos citados acima, outras mentiras eram contadas. Ela alegava ser filha de um coronel da PMMG e dizia ter um irmão que ocupava o cargo de promotor de Justiça.
Nas redes sociais, a suspeita postava fotos de duas crianças, dizendo serem seus filhos, mas a Polícia Militar confirmou que as fotos pertenciam a outras pessoas e eram utilizadas sem autorização.
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*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata