SETE LAGOAS

Guarda civil que matou caminhoneiro é liberado por agir em legítima defesa

A Guarda Civil Municipal justificou o disparo alegando que havia o 'risco iminente à vida do servidor e das pessoas presentes no local'

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O guarda civil de 45 anos, suspeito de matar um caminhoneiro, de 28, neste domingo (27/7), em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, durante a Procissão de São Cristóvão, foi liberado nesta segunda-feira (28). De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o agente não foi preso em flagrante pelo entendimento de ele agiu em legítima defesa. Enquanto isso, nas redes sociais, moradores se opõem à versão apresentada pela Guarda Civil Municipal.


“O corpo da vítima, um homem de 28 anos, foi encaminhado ao Posto Médico Legal do município para exames. O suspeito, um homem de 45 anos, foi conduzido e ouvido na delegacia do município. Na ocasião, a autoridade policial presente não ratificou a prisão em flagrante, por entender que o suspeito agiu em legítima defesa. O homem foi liberado e segue sendo investigado pela Delegacia Especializada em Homicídios de Sete Lagoas”, diz a nota da PCMG.

 


Em nota, a Guarda Civil Municipal de Sete Lagoas informou que o condutor avançou de forma desobediente ao bloqueio feito pelos agentes, conduzindo o veículo sobre a calçada e passando ao lado da viatura em alta velocidade. “O motorista desobedeceu à sinalização, acelerou o veículo em direção ao agente e o atropelou, passando sobre sua perna. Em seguida, deu marcha à ré e recuou novamente na direção do agente caído”, diz a nota.


Foi nesse momento que o suspeito atirou no condutor. A Guarda Civil Municipal justificou o disparo da seguinte forma: “Diante do risco iminente à vida do servidor e das pessoas presentes no local, foi efetuado um disparo com arma de fogo, atingindo o condutor do caminhão. O motorista foi imediatamente socorrido ainda no local e encaminhado ao Hospital Municipal, onde deu entrada, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos.”


Por outro lado, nas redes sociais, moradores estão se posicionando contrários à versão narrada pelas autoridades. Os comentários são muitos: “Não teve nenhum guarda atropelado, não, viu?”, disse uma pessoa. Outro internauta escreveu: “Peraí, ele foi morto porque furou o bloqueio? Se foi por isso, é cadeia nesse guarda!” Ainda houve quem opinasse: “Eu não concordo com a Guarda Municipal ter arma.”


O Estado de Minas entrou em contato com alguns dos usuários que expressaram indignação em relação à morte do caminhoneiro e aguarda retorno para mais esclarecimentos.


Câmeras nos uniformes


O prefeito da cidade, Douglas Melo (PSD), disse em suas redes sociais que, até que a PCMG conclua o caso, os dois agentes da Guarda Civil Municipal de Sete Lagoas envolvidos foram afastados de seus cargos.


Além disso, ele publicou nesta segunda-feira (28/7) que deu início ao processo de compra de câmeras de segurança para instalar nos uniformes dos agentes. O objetivo, de acordo com o governo municipal, é dar transparência à atuação da Guarda Civil Municipal, sobretudo após o ocorrido.


Além disso, ele publicou nesta segunda-feira (28) que deu início ao processo de compra de câmeras de segurança para os uniformes dos agentes
O prefeito de Sete Lagoas, Douglas Melo (PSD), se manifestou nas redes sociais e defendeu uso de câmeras nos uniformes Redes Sociais / Reprodução


A ideia de colocar câmeras nos uniformes não é nova, pelo menos não em Minas Gerais. Em fevereiro deste ano, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou com uma ação civil pública contra o Estado, solicitando que todos os policiais militares envolvidos no policiamento ostensivo passem a utilizar câmeras operacionais portáteis no prazo de até dois anos.

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Caso essa determinação não seja cumprida, está prevista uma multa diária de R$ 50 mil. Além disso, o MPMG requereu uma medida de urgência para que, em até 30 dias, a Polícia Militar passe a utilizar as câmeras já disponíveis nas ações de patrulhamento, especialmente nas unidades com maior número de ocorrências envolvendo uso da força. O descumprimento dessa exigência também poderá acarretar multa diária de R$ 50 mil.

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