A Fundação Benjamin Guimarães, responsável pela gestão do Hospital da Baleia, em Belo Horizonte, informou que 33 cirurgias foram canceladas na segunda-feira (30/6) e outras 34 foram desmarcadas nesta terça-feira (1º/7), após trabalhadores da unidade de saúde deflagrarem greve.
Segundo o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (SINDEESS), o movimento paredista, iniciado nessa segunda, decorre, entre outros motivos, da reivindicação de reajuste salarial não atendida. Ao menos 50 trabalhadores paralisaram as atividades.
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Conforme a fundação, das 67 cirurgias canceladas até agora, 19 seriam de urgência e outras cinco oncológicas.
“As propostas de negociação de instrumento coletivo foram rejeitadas pelo SINDEESS nesta segunda-feira (30) após início da paralisação. Nesta oportunidade, o Baleia se reuniu e houve mais uma rodada de negociações. Ao todo, sete propostas foram apresentadas pela instituição. Ainda assim, foi decidido pela manutenção do movimento paredista”, alegou em comunicado a Fundação Benjamin Guimarães, acrescentando que “a greve é inconstitucional por várias razões”, em especial devido à “ausência de composição de escala”.
Ao Estado de Minas, o vice-presidente do SINDEESS, Joaquim Valdomiro Gomes, informou que a categoria reivindica reajuste dos vencimentos de 5,2%. “Nos últimos meses, a fundação vem pagando de forma errada o piso nacional da enfermagem, pois alguns receberam mais que outros. Então, virou uma confusão, e isso causou a revolta dos profissionais da saúde. Além disso, a gente simplesmente está pedindo a atualização dos salários conforme a inflação”, explica.
Ainda de acordo com o vice-presidente do sindicato, a categoria pede o aumento do valor do tíquete-alimentação para R$ 200. “Segundo apuramos, os trabalhadores ganham apenas R$ 111 há mais de seis anos. Além disso, os trabalhadores vêm sendo submetidos a uma sobrecarga de trabalho, o que coloca em risco não apenas a saúde dos profissionais, mas também a qualidade da assistência prestada aos pacientes”, finaliza.
Na próxima quarta-feira (3/7), o Ministério do Trabalho e Emprego mediará uma reunião entre as partes para tentar solucionar o impasse.
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