Maria da Penha Ferreira, 60 anos, será sepultada nesta quinta-feira (10/7), às 11h, no Cemitério Municipal Nossa Senhora do Carmo, em Santa Luzia (MG), Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ela foi assassinada pelo companheiro na noite de terça-feira (8/7). 

O velório ocorre até 10h30, na Igreja Bola de Fogo, que fica na Rua José Maria Bicalho, na Vila Olga.

Maria da Penha foi encontrada na casa em que morava com o companheiro, Isaque Trindade, de 40 anos. Ele se entregou e levou os policiais ao local do crime, na manhã dessa quarta-feira (9/7). 

O crime

Segundo o boletim de ocorrência, o casal havia discutido momentos antes do crime. Isaque ficou nervoso e partiu para cima de Maria da Penha, dominando-a e imobilizando-a. Em seguida, ele amarrou as mãos da vítima e a estrangulou. Ela foi sufocada até a morte. Depois do crime, Isaque colocou o corpo da mulher debaixo da cama.

Maria da Penha e Isaque estavam juntos há seis meses. O casal já haviam brigado e, em uma das vezes, o homem teria tentado enforcar a vítima. Depois desse desentendimento, ele foi para São Paulo onde, segundo parentes de Maria da Penha, teria assassinado uma garota de programa, de nome Tainá. Fugindo do local do crime, Isaque retornou a Santa Luzia e procurou por Maria da Penha.

Ainda conforme os familiares, o homem é usuário de drogas e já havia tentado matar a mulher anteriormente. Isso ocorreu quando ela tinha um trailer, conhecido como “Restaurante da Penha”, onde servia almoço.

O corpo da vítima foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte. Isaque permanece preso e será transferido para o sistema prisional.

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A lei

A Lei Maria da Penha foi criada em 7 de agosto de 2006. O nome é uma homenagem a cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que foi vítima de abusos e dupla tentativa de feminicídio pelo marido.

A implementação da lei endureceu as punições para agressores, proibindo penas alternativas e aumentando o tempo máximo de detenção. A nova legislação ainda estabeleceu mecanismos para a prevenção, assistência e punição dos casos, além de criar juizados especializados para lidar com a violência de gênero. 

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