A Prefeitura de Belo Horizonte finalizou a revitalização de dois trechos de calçadas portuguesas no Hipercentro da cidade. As obras ocorreram nas proximidades do Centro de Referência da Juventude - entre as ruas Guaicurus, Aarão Reis e a Avenida dos Andradas. O entorno do CEI Imaculada, no cruzamento entre a Rua dos Aimorés e a Rua da Bahia também recebeu a obra. A intervenção faz parte de um conjunto de ações de preservação do patrimônio histórico e cultural da capital mineira.

As calçadas portuguesas, conhecidas pelos mosaicos artísticos formados com pedras de calcário branco e basalto preto, integram o acervo tombado pelo município e são símbolos da paisagem urbana de BH. De acordo com a engenheira Gabrielle Barbosa, da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, os serviços são executados com rigor técnico e respeito absoluto ao traçado original. "As equipes fazem o redesenho fiel dos padrões históricos, mantendo a identidade visual das vias. Todo o processo segue diretrizes definidas pelos órgãos de proteção ao patrimônio", explica.

Além dos trechos já finalizados, outros quatro pontos da cidade estão com obras em andamento: o canteiro central da Avenida Álvares Cabral, o passeio da Alameda Ezequiel Dias (no entorno do Parque Municipal), a Praça José Mendes Júnior (na Savassi) e a Avenida Afonso Pena, nas imediações da Praça Sete.

Segundo a Prefeitura, a revitalização exige mão de obra especializada, uma vez que a técnica de assentamento das pedras demanda precisão e conhecimento específico. O contrato prevê a atuação de profissionais experientes em pavimentação artística, além do acompanhamento técnico contínuo por equipes da administração municipal, que fiscalizam a execução para garantir qualidade e fidelidade ao projeto original.

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Os desafios da execução vão além das questões técnicas: A intensa movimentação de pessoas e o funcionamento do comércio no Hipercentro obrigam a realização das obras de forma escalonada, permitindo o acesso seguro de pedestres, o funcionamento das lojas e a preservação de pontos de travessia e paradas de ônibus. Além disso, situações como raízes expostas de árvores, drenagem deficiente e desníveis nas calçadas exigem soluções específicas e planejamento detalhado por parte das equipes envolvidas.

Estagiária sob supervisão da subeditora Juliana Lima 

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