MG:PM inicia operação para combate a crimes em propriedades rurais
Operação Agro Seguro começa nesta segunda-feira (4/8) e vai até o próximo domingo (10/8) em todo o estado. Mais de 800 militares participam da ação
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Siga noEm meio às ocorrências de furto de cargas de produtos agrícolas e de gado em Minas Gerais, a Polícia Militar (PMMG) começou nesta segunda-feira (4/8), uma ofensiva para promover o aumento da segurança no ambiente rural. Batizada de Operação Agro Seguro, a ação vai acontecer até o próximo domingo, (10/8), e conta com militares do batalhão de Meio Ambiente.
De acordo com a PMMG, a ação tem caráter preventivo e estratégico para combater o crime organizado. Os militares também reforçarão o cumprimento de mandados de prisão em aberto - “A operação contará com um efetivo reforçado com mais de 800 policiais militares”.
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Nas primeiras horas desta manhã, diversos militares se reuniram em frente ao armazém da Cooperativa Agropecuária Vale do Rio Doce, na BR-116, em Governador Valadares, na região do Vale do Rio Doce. Além dos policiais, participaram da abertura simbólica o secretário de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento da cidade, Guilherme Moraes de Castro, e diretores da cooperativa.
No decorrer da ação, na região foram feitas abordagens a veículos e pessoas que frequentam a zona rural do município. Além disso, a corporação tem realizado contato com moradores para repassar informações e dicas de segurança.
Os crimes contra patrimônios rurais como roubo de carga, gado e até sacas de café tem, cada vez mais, ganhado as manchetes. Em 29 de julho deste ano, o Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil de Minas Gerais, prendeu três suspeitos. Dois são pai e filho, de 70 e 35 anos, além de outro homem, de 42 anos. O trio é suspeito de participar do roubo de 120 toneladas de café, na Zona Rural de Várzea da Palma, Região Norte do estado. O assalto causou prejuízo superior a R$ 4 milhões.
O crime ocorreu em 22 de junho, quando uma fazenda foi invadida por 15 suspeitos, fortemente armados, e oito funcionários foram feitos reféns. Um dos funcionários foi espancado pelos criminosos. Os suspeitos fugiram e levaram o material que foi transportado em três carretas, sendo duas bitrem.
Ao longo das investigações, os policiais conseguiram pistas de que os supostos ladrões seriam de Coromandel (MG), no Alto Paranaíba. De lá, novas pistas levaram a polícia a Paracatu (MG), na Região Noroeste, onde uma carreta, ainda carregada, foi recuperada com 50 toneladas de café.
Furto de gado
Também em julho, a PCMG deflagrou a operação Aprisco, voltada para o combate ao furto e ao roubo de gado no Triângulo Mineiro. Na ocasião, dois mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de São José do Rio Preto, Guapiaçú e Nhandeara, em São Paulo. Outras Ordens judiciais também foram executadas em endereços nas cidades de Fronteira e Uberlândia, em Minas.
As investigações, desencadeadas pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Rurais, em Frutal (MG), na região Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, tiveram início com o furto de 57 novilhas, registrado em 2 de abril do último ano, em Fronteira (MG), na região Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. Parte dos animais foi recuperada no mesmo dia, em um frigorífico de Guapiaçú, no interior de São Paulo, enquanto outros já haviam sido abatidos.
As apurações apontaram que o mesmo grupo criminoso também teria envolvimento no furto de 34 vacas ocorrida em Uberlândia (MG), no Triângulo Mineiro, em fevereiro de 2024, e em uma tentativa de roubo em Uberaba (MG), na mesma região, em março do mesmo ano, mas frustrada quando a carreta utilizada na ação criminosa atolou. Durante os levantamentos, foi constatado que as vacas furtadas em Uberlândia (MG) foram abatidas no frigorífico paulista e a carne vendida a uma casa de carnes em Campinas (SP).
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Conforme a PCMG, as investigações revelaram ainda que os crimes eram articulados por uma rede criminosa atuante em diferentes estados. Na época, a Justiça determinou, ainda, o sequestro de bens e valores dos investigados, totalizando um montante de aproximadamente R$ 250 mil.