EDUCAÇÃO NO EXTERIOR

Medidas dos EUA semeiam incerteza entre estudantes

Agências de intercâmbio detectam temor de brasileiros de investir em educação no país norte-americano após 'prova da rede' e tensão nas relações internacionais

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Um mês e meio depois de a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil anunciar mudanças nas regras para emissão de visto para estudantes e intercambistas, agências que fazem a mediação entre os interessados nas vagas e as escolas começam a perceber um certo temor de famílias brasileiras em investir na educação de seus filhos em instituições norte-americanas. Empresas ouvidas pelo Estado de Minas avaliam que as novas regras, aliadas ao clima de incertezas após anúncios de taxação dos produtos brasileiros pelo governo Trump, podem impactar a busca dos estudantes pelas escolas e universidades norte-americanas nos próximos meses.

Vista da Universidade de Harvard, proibida por Trump de receber estudantes estrangeiros
Vista da Universidade de Harvard, proibida por Trump de receber estudantes estrangeiros Spencer Platt/Getty Images/AFP – 28/5/25


Entre as diretrizes anunciadas em 25 de junho está a determinação para que perfis de redes sociais dos solicitantes estejam abertos para avaliação “abrangente e minuciosa” em três categorias de visto estudantil: F, M e J (veja quadro na página ao lado). A Associação de Agências de Intercâmbio (Belta), entretanto, acredita que as determinações podem causar algum incômodo no início, porém, os estudantes vão se adequar a elas. Apesar do clima de aparente normalidade destacado pela Belta, a reportagem teve dificuldade em encontrar estudantes que quisessem falar sobre o assunto abertamente.


Segundo o Departamento de Estado norte-americano, todas as informações disponibilizadas pelos estudantes são utilizadas para triagem e verificação, a fim de identificar “solicitantes inadmissíveis”, em especial os que representam ameaça à segurança nacional. Além disso, todos os interessados devem comprovar sua elegibilidade para o tipo de visto solicitado.


“Para viabilizar essa verificação, todos os solicitantes de visto de estudante (F, M e J) deverão ajustar as configurações de privacidade de seus perfis de mídias sociais para o modo 'público’. Os EUA devem manter vigilância rigorosa durante o processo de emissão de vistos para garantir que os solicitantes não representam risco à segurança dos americanos e aos interesses nacionais”, diz o anúncio da embaixada.
A emissão de vistos para estudantes brasileiros estava suspensa desde 27 de maio. A interrupção ocorreu dias depois de o governo de Donald Trump proibir a Universidade Harvard de receber alunos estrangeiros. A regra de deixar os perfis de redes sociais abertos para análise não deve ser um empecilho para aqueles que desejam estudar em uma instituição de ensino norte-americana. Pelo menos é o que acreditam donos e responsáveis por agências de intercâmbio ouvidos pelo Estado de Minas.

Viajantes passam por controle de passaportes no aeroporto internacional O’Hare, em Chicago: governo Donald Trump aumentou controle de candidatos a vistos de estudante
Viajantes passam por controle de passaportes no aeroporto internacional O’Hare, em Chicago: governo Donald Trump aumentou controle de candidatos a vistos de estudante Scott Olson/Getty Images/AFP – 19/9/14


O presidente da Belta, Alexandre Argenta, avalia que quando acontecem mudanças desse tipo é natural que, em um primeiro momento, algumas pessoas se assustem ou se sintam invadidas. “Porém, cada país é soberano e exige o que acha que deve para tentar se proteger e receber as pessoas que acham corretas em seu país. Temos que respeitar”, afirma. A Belta tem 50 agências associadas, o que representa mais de 300 pontos de vendas no Brasil.

 
“Por mais que assuste algumas pessoas no curto prazo, no médio e longo prazos se torna algo natural e comum nesses processos de vistos para os Estados Unidos. As pessoas vão se adequar”, diz Argenta. Ele não acredita que a nova regra diminua a procura por escolas e universidades norte-americanas.


O presidente da Belta afirma ainda que não houve aumento de negativas de visto, desde que a regra entrou em vigor, no fim de junho. “O Brasil é um dos países com maiores taxas de aprovação de vistos, não só dos Estados Unidos, mas de todos os países que os exigem. Não temos mais vistos negados que antes, embora alguns processos, dependendo do consulado e do caso específico, tenham demorado um pouco mais. Isso pode estar causando alguma apreensão nas pessoas. Afinal, as pessoas buscam segurança para ir para o exterior.” Para ele, no curto prazo, as pessoas podem até escolher outros destinos, mas no médio prazo, os destinos historicamente mais populares e conhecidos – Canadá e Estados Unidos – devem seguir na liderança das famílias.

Demora

Já a diretora e proprietária da Central do Estudante, Carla Amaral, avalia que o impacto dessa mudança, caso ocorra, será sentido na próxima temporada, em agosto de 2026, quando começa o novo ano letivo nos Estados Unidos. Ela conta que logo depois do anúncio das novas regras houve uma correria para que os estudantes conseguissem marcar as entrevistas, que estavam represadas pela suspensão. “Foi muito corrido, mas todos os alunos conseguiram o visto.”


Carla Amaral ressaltou ainda uma demora, por parte do governo norte-americano, em definir famílias e escolas para os estudantes brasileiros. “Sempre tem alunos, neste período de agosto e setembro, sem escola e família ainda. Mas, nesta temporada, estou vendo mais casos sem essa definição. Tem demorado mais.”


Ela acredita que haverá menos alunos interessados em estudar nos Estados Unidos na próxima temporada. “E vai ter menos famílias americanas querendo receber esses alunos. As famílias brasileiras também podem procurar destinos alternativos.” Segundo a diretora, a equipe de vendas já percebe as famílias inseguras para bater o martelo para o país como destino no ano que vem. “O nível de insegurança em relação aos Estados Unidos está aumentando.”


Período de adequação

A diretora da CI Intercâmbio, Ligia Faria, conta que, desde maio, já preparava seus clientes para a possibilidade de verificação das redes sociais. “Já havia indícios de que o motivo da suspensão era de que eles estavam internamente formulando estratégias de como incluir a análise dos perfis. Não percebemos nenhum tipo de resistência dos nossos clientes”, relata.


Segundo ela, os estudantes com intercâmbio com início previsto para agosto conseguiram fazer a entrevista e tiveram os vistos concedidos. Porém, ela observa uma ausência de padrão na concessão. “Antes o aluno ficava sabendo na hora se o visto foi concedido ou não. Agora parece que eles estão individualizando as análises.” A diretora explica que alguns postulantes ao visto saem da entrevista sem saber se ele foi concedido e são avisados, posteriormente, por e-mail. A resposta pode sair no dia seguinte, mas em Em alguns casos, demora de 4 a 5 dias

A gerente da agência de intercâmbio STB, Mariana Araújo Chaves, ressalta que o conselho para os clientes da empresa é que obedeçam a orientação e deixem os perfis de redes sociais abertos para serem verificados pelos agentes de imigração. “Alguns dos nossos estudantes nem usam redes sociais ou não postam muito. Mesmo assim, a recomendação é que deixe a rede aberta, já que é uma diretriz do consulado. Vamos seguir o que eles estão pedindo”, afirma.


Mudança de destino

A diretora da CI Intercâmbio, Ligia Faria, diz que não percebeu aumento ou diminuição na aprovação das solicitações de visto feitas pela agência em que trabalha após o início do governo Trump. Porém, destaca que houve uma diminuição na busca pelos Estados Unidos como destino e acredita que isso seja uma tendência. “Vivemos um momento de instabilidade nos processos de visto para os Estados Unidos. Tivemos várias reviravoltas desde janeiro deste ano. Por isso, estamos ampliando as opções para outros países.”


Ela cita a Inglaterra, o Canadá e a Austrália. “Não existe previsibilidade, e as famílias que vão investir milhares de reais em estudos, que podem durar quatro anos, precisam de previsibilidade. A diretora diz que a agência precisa dar opções de destinos previsíveis para essas famílias. Para Lígia, no médio prazo, a economia americana pode acabar sentindo a diminuição do fluxo de turistas, para lazer, estudos e negócios, aos Estados Unidos.

A gerente da agência de intercâmbio STB, Mariana Araújo Chaves, também diz que se o cliente ficar inseguro com a escolha, a agência tem outros destinos para oferecer. “A Inglaterra tem universidades de alta qualidade acadêmica, muito conhecidas. A Alemanha tem um custo-benefício excelente e universidades de ponta, com tecnologia e inovação. O custo da educação em países da Europa e Canadá é muito mais competitivo que nos Estados Unidos”, afirma. Ela também acredita na preocupação dos consulados norte-americanos com as escolas no exterior. “Universidades e escolas de ensino médio nos Estados Unidos dependem dessa receita dos alunos internacionais. Isso geraria uma crise econômica no país.”


Mariana Araújo comenta que não houve casos de vistos recusados na agência depois que o presidente Donald Trump assumiu, em janeiro. “É muito raro e quando acontece é por uma falha no preenchimento de formulário de visto. O aluno tenta de novo e consegue. Nessa modalidade de estudos, o perfil do estudante é muito analisado antes mesmo de chegar na fase do visto. As escolas analisam todos os documentos do aluno antes, por isso é muito difícil de acontecer.”


O presidente da Belta, Alexandre Argenta, recomenda que, nesses momentos de mudanças de regras, é importante que os estudantes procurem um aconselhamento, com despachante especializado em vistos ou agências de intercâmbio especializada.


Insegurança

O Estado de Minas conversou com duas pessoas que passaram – ou ainda estão passando – pelo processo de obtenção do visto para os Estados Unidos. Em um contexto de fiscalização intensa da política imigratória norte-americana, os relatos revelam um sentimento de insegurança diante das exigências mais rígidas adotadas especialmente nos últimos meses. A apreensão é tanta que ambos preferiram não se identificar, com receio de que os depoimentos possam influenciar no processo de obtenção do visto ou de entrada nos Estados Unidos.


José Márcio (nome fictício para preservar a identidade do entrevistado) é profissional autônomo e solicitou o visto de estudante para fazer um curso intensivo de inglês com o objetivo de aprimorar sua fluência. Ele foi aprovado logo na primeira tentativa, mas conta que o nervosismo marcou a experiência.


“Fiquei muito preocupado antes da entrevista, porque acompanho o noticiário e vi que muitos vistos estavam sendo negados. Além disso, várias pessoas que estavam na minha frente na fila tiveram o pedido recusado, o que aumentou ainda mais a tensão”, relata.


Segundo ele, o receio persistiu mesmo após a ida ao consulado. O visto foi concedido há cerca de quatro meses. “A ansiedade só foi embora quando passei pelo controle da imigração, sabia que a política de entrada estava mais severa”, acrescenta.


Outra exigência que chamou atenção dele foi em relação às redes sociais. Apesar de já manter seus perfis abertos, José Márcio conta que o requisito trouxe desconforto para sua esposa, que o acompanharia na viagem: “Para ela foi mais delicado. Sempre manteve a conta do Instagram privada e, de repente, precisou deixá-la pública. Não foi nada grave, mas houve um incômodo”.


Já Maria Fernanda (nome fictício), universitária aprovada em uma instituição de ensino norte-americana para cursar Marketing, ainda está com o visto em fase de análise. Seu processo segue em trâmite administrativo e a jovem, de 20 anos, revela apreensão diante da espera. “Tenho receio de não conseguir a aprovação logo de primeira, porque, se houver atraso, pode atrapalhar todo o cronograma do início das aulas”, desabafa.


Sobre a exigência em relação às redes sociais, ela diz entender o critério, mas também prefere manter certo grau de privacidade. “Nunca tive problema em deixar meus perfis abertos, mas confesso que prefiro manter tudo fechado por uma questão de segurança”, explica.

Outras modalidades de visto podem ser afetadas

Especialistas em Direito Internacional e imigração ouvidos pelo Estado de Minas explicam que o visto para ingressar em outros países não é um direito e sim uma permissão. Avaliam que a determinação de deixar perfis de redes sociais abertos pode se estender para outras modalidades de visto e que, apesar de as nações serem soberanas para adotar critérios de admissão de estrangeiro em seus territórios, o Ministério das Relações Exteriores deve ficar atento a possíveis abusos e excessos diplomáticos.


Advogado especializado em Direito Internacional e Imigração, Fábio Gioppo frisa que o governo dos Estados Unidos começou a impor restrições para concessão de vistos com a justificativa de segurança nacional. “O objetivo é detectar discursos extremistas, apologia à violência e, principalmente, identificar grupos terroristas”, elenca. “As pessoas precisam ter em mente que o mundo está passando por um momento extremamente delicado, as pessoas estão mais intolerantes. As medidas tomadas pelos Estados Unidos estão em linha com o que está acontecendo no mundo”, avalia.


Segundo ele, os solicitantes das categorias de vistos estudantis F, M e J, devem informar quais perfis foram usados por eles nas redes sociais nos últimos cinco anos e deixá-los em modo “público” para avaliação “abrangente e minuciosa” por parte dos agentes de imigração norte-americanos. “Isso pode trazer uma restrição de vistos para aqueles que ainda não solicitaram. A própria Universidade de Harvard já se manifestou e sentiu o impacto dessas medidas. Mas não é algo novo, começou em 2019, só ampliaram a exigência com a análise dos perfis.”


Gioppo não descarta que a nova regra possa se estender para outras modalidades de visto, como de turismo e trabalho. “Até pessoas com conexão podem estar sujeitas a essa norma. Se seu destino final não é os Estados Unidos, mas seu voo vai passar por lá, para uma conexão, você pode ser abordado e ter que apresentar as redes sociais.”


O especialista explica que o visto para entrada em outros países é uma permissão e não um direito. “É um ato administrativo que pode ser revogável. Ter o visto não te dá o direito de acessar o país, é um benefício para acessar. No momento em que ingressar nos Estados Unidos e passar pela imigração, pode ser exigida a apresentação das redes sociais.”


De acordo com o Direito Internacional, qualquer país tem ampla liberdade para definir critérios de admissão de estrangeiro em seu território, recusar a entrada ou estabelecer exigências específicas para os visitantes.


“Isso é parte da soberania de cada nação, mas é importante saber se isso não fere a Convenção Americana de Direitos Humanos ou tem um impacto direto em um tratado internacional entre os países”, pontua. Para o advogado, o Brasil, por meio do Itamaraty, deve começar a acompanhar os efeitos dessas medidas para verificar se não há abusos.


Apesar da implementação de políticas migratórias mais rigorosas, o advogado e diretor-executivo da On Set Consultoria Internacional, Guilherme Vieira, avalia que o cenário continua promissor para quem quer estudar nos Estados Unidos.

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"O governo dos EUA nunca fechou as portas para o ensino internacional, e o país segue dependendo da presença de estudantes estrangeiros para movimentar bilhões de dólares na economia educacional, além de alimentar ecossistemas de pesquisa e inovação", comenta Vieira.


Sobre a análise das redes sociais dos solicitantes, o advogado avalia que “os posts devem ter uma certa qualidade, levando em conta as diretrizes do novo governo: tais conteúdos devem evidenciar que o estilo de vida da pessoa é compatível com a oportunidade que ela busca; fotos de viagens e realizando atividades acadêmicas podem facilitar esse aceite; por outro lado, publicações agressivas podem barrar a aprovação”, explica. 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Rachel Botelho

Taxa para turistas

O custo para tirar o visto de turismo (B1/B2) para os Estados Unidos vai aumentar. Uma nova taxa, de US$ 250, foi aprovada, em julho, pelo Congresso dos Estados Unidos, dentro do pacote fiscal proposto pelo governo norte-americano e dos EUA e sancionada pelo presidente Donald Trump. A taxa será exigida apenas de quem tiver o visto aprovado e for emitir o documento. A cobrança será adicional à taxa já existente. A expectativa é que comece a valer a partir de 1º de outubro deste ano, início do ano fiscal norte-americano de 2026. O texto aprovado prevê que não haverá exceções para isenção ou desconto, independentemente da situação do solicitante. Atualmente, o visto de turismo (B1/B2) custa US$ 185, mais o valor do formulário (US$ 24). Com a nova taxa, o custo total chegará a US$ 459 (R$ 2.552,91, na cotação atual). Ela será cobrada uma única vez e deve ser paga apenas na emissão do visto, e não a cada entrada nos Estados Unidos. 

PERMISSÃO
PARA ESTUDAR

Conheça os três principais vistos para fins educacionais
para quem deseja ingressar nos Estados Unidos:

F-1: voltado para cursos acadêmicos em instituições certificadas (universidades, escolas de idiomas, colégios, etc.). É o mais comum entre estudantes estrangeiros. Com esse visto é possível trabalhar dentro do câmpus até 20 horas por semana durante o período letivo. Após um ano, há possibilidade de aplicar para programas como:

Curricular Practical Training (CPT) – Estágio vinculado ao currículo do curso;

Optional Practical Training (OPT) – trabalho remunerado após a conclusão do curso, com validade de até 12 meses ou até 36 meses para áreas STEM, sigla para Science (Ciências), Technology (Tecnologia), Engineering (Engenharia) e Mathematics (Matemática).

M-1: voltado para cursos técnicos e profissionalizantes, como programas de culinária, design gráfico, mecânica, entre outros.

J-1: essa classificação (visitantes de intercâmbio) é autorizada para aqueles que pretendem participar de um programa aprovado com a finalidade de ensinar, instruir ou dar palestras, estudar, observar, conduzir pesquisas, prestar consultoria, demonstrar habilidades especiais, receber treinamento ou receber educação ou treinamento médico de pós-graduação. Exemplos de visitantes de intercâmbio incluem, entre outros: professores ou acadêmicos, assistentes de pesquisa, estudantes, estagiários, especialistas, au pairs e monitores de acampamento.

Normas

Nas três modalidades de visto, o estudante precisa comprovar a matrícula em uma instituição autorizada pelo governo americano – certificada pelo Student and Exchange Visitor Program (SEVP) –, além de demonstrar capacidade financeira para se manter no país durante o curso.

Para requerer o visto de estudante, é preciso apresentar a seguinte documentação: carta de aceitação da escola (Form I-20), pagamento das taxas Student and Exchange Visitor Information System (SEVIS) de US$ 350 e a taxa do visto consular, de US$ 185, preenchimento do formulário DS-160 e agendamento da entrevista no consulado.

Fonte: On Set Consultoria Internacional

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