Um desentendimento entre ex-namorados terminou com agressões contra a ex-sogra e ex-nora, puxões de cabelo, injúria racial e desacato à autoridade no Bairro Pindorama, na Região Noroeste de Belo Horizonte (MG), nesse domingo (3/8).
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada por vizinhos do homem, de 37 anos, que viram quatro pessoas brigando na rua. No meio da confusão, uma mulher de 35 anos estava sendo contida por populares e um Toyotta Corolla estava atravessado na via, impedindo a passagem de veículos.
Leia Mais
Aos militares, o homem contou que estava em casa quando a ex-namorada chegou para cobrar uma dívida. Segundo ele, a questão já havia sido resolvida e ele disse que não pagaria nada. Neste momento, a ex entrou no carro dela e jogou o veículo para cima dele de 3 a 4 vezes, mas não conseguiu atingi-lo.
Depois disso, a mãe dele chegou na calçada e se tornou o alvo da mulher. De acordo com o relato do homem, de testemunhas e da própria mãe, a mulher foi contida depois que arranhou o rosto e puxou o cabelo da ex-sogra, de 59 anos, mas não antes de xingá-la de “vagabunda” e de outras ofensas racistas. "Você é louca, não vai bater na minha mãe", disse o homem.
A mãe tocou o interfone e pediu ajuda à outra filha, de 28 anos. A moça foi à rua e a ex-namorada do irmão se desvencilhou e agarrou os cabelos da ex-nora, jogando-a no chão. Conforme os registros, ela chamava a mulher com outras ofensas racistas e a ameaçou de morte, dizendo que “ela não duraria muito tempo”.
Depois das agressões, a mulher pegou um pedaço de madeira e quebrou os vidros do carro da ex-nora. As agressões continuaram e só cessaram depois que o homem conteve a ex e afirmou que só a soltaria quando os policiais chegassem.
Intervenção da polícia e mais agressões
Assim que se acalmou, a ex-namorada relatou aos militares que viveu um relacionamento com o homem, entre idas e vindas, de 2019 a 2024. Segundo ela, foi ameaçada por ele e recebeu uma medida protetiva em 2023, mas os dois reataram seis meses depois do documento. Eles terminaram há cerca de um ano, mas ainda mantêm contato por razões profissionais.
Conforme o relato, os dois conversaram por um aplicativo de mensagens durante a manhã e ela combinou que iria na casa do ex-namorado. De acordo com ela, os dois conversaram e o ex se recusou a quitar a dívida e a devolver pertences pessoais dela. Neste momento, ela voltou ao carro e tentou atropelá-lo, mas “não conseguiu acertar”, cita o boletim de ocorrência.
Durante a coleta de testemunhos, a mulher voltou a atacar a ex-sogra. Segundo o registro dos militares, a mulher tentou bater mais e voltou a chamar a ex-sogra de vagabunda. Um militar a conteve e a autora passou a xingá-lo, dizendo que ele era um policial corrupto e que “era só um cabo, não mandava em nada e não tinha moral nenhuma”.
Um sargento que acompanhava a ocorrência deu voz de prisão à agressora, que se negou a ir presa. Ela enrijeceu o corpo e não entrou na viatura, assim como se recusou a entrar no camburão, e precisou ser algemada.
A mulher também se recusou a entregar a chave do carro dela, que obstruía a via, e o veículo precisou ser rebocado.
As pessoas envolvidas foram levadas à UPA Pampulha. De acordo com o boletim, a autora apresentou escoriações no joelho esquerdo e unhas quebradas. Os outros ferimentos não foram registrados.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia
A confusão foi acompanhada pela filha da autora, que não teve a idade divulgada. A criança ficou sob os cuidados da avó materna. Na delegacia, o registro foi acompanhado pelo advogado da autora. A investigação segue com a 1ª Delegacia de Polícia Civil Noroeste, em BH, que usará registros de câmeras de segurança e de câmeras acopladas às roupas dos militares na apuração.