A professora aposentada Suely Evangelista e um amigo, responsáveis por um trabalho social em Juiz de Fora (MG), na Zona da Mata, foram acusados de distribuir doces envenenados e sequestrar crianças. No entanto, eles estavam apenas realizando um trabalho social que consiste em contar histórias. Geralmente, após cada apresentação, distribuem balas, doces e pipocas. As informações são da TV Alterosa, conforme reportagem veiculada nessa quarta-feira (6/8).

Suely e seu amigo, José, estavam no Bairro Caiçaras, em mais um dia de trabalho social, quando uma pessoa tirou uma foto na qual eles aparecem entregando uma bala para uma criança. A imagem foi publicada nas redes sociais e compartilhada em grupos de WhatsApp com legenda orientando os pais a tomarem cuidado, pois um casal estaria sequestrando crianças e oferecendo doces com veneno. A informação falsa rapidamente se tornou viral. 

“A minha intenção é apenas espalhar conhecimento e cultura, porque eu me preocupo com o futuro de todas as crianças. Quero um futuro de paz, fraternidade e justiça”, declarou Suely em vídeo encaminhado à reportagem no último dia 5. O número de telefone das vítimas também foi divulgado, e elas receberam diversas ameaças. O caso foi registrado em boletim de ocorrência pela Polícia Militar.

O amigo e parceiro de trabalho de Suely diz que, apesar da verdade vir à tona, ainda está com medo. “Estou com receio de sair de casa. É muito complicado”, frisou, destacando que tem tido dificuldade até para se alimentar.

A reportagem da TV Alterosa conseguiu localizar a mulher, mãe de uma criança, responsável por tirar a foto que viralizou nas redes. Ela, no entanto, alega não ter escrito a legenda – com acusações de sequestro e envenenamento – que acompanha a foto viral. “Isso não foi eu que fiz. Isso daí é outra pessoa que quis aumentar”.

A mulher alegou que nunca tinha visto o casal no bairro e achou suspeita a atitude de oferecer doces na rua. “Fiquei incomodada”, disse. Segundo contou à reportagem, Suely e o amigo também não se identificaram da forma devida, o que aumentou a suspeita. “Eles só me falaram o apelido deles”, completou. Apesar da justificativa, a mulher disse que está arrependida de ter tirado a foto e divulgado a imagem.

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