O vice-governador Mateus Simões disse que o assassinato de Laudemir de Souza Fernandes, gari de 44 anos morto com um tiro, enquanto trabalhava na coleta de lixo em Belo Horizonte ontem, foi um ato de covardia com base na violência contra a mulher.

Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (12/8), Simões afirmou que o suspeito Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, é “um covarde que deve ser responsabilizado não só pelo assassinato, mas pela ameaça que fez com a motorista”.

Para Simões, a violência contra a mulher deve ser penalizada. “É inadmissível violência contra a mulher, e na base desse assassinato está mais uma vez a arrogância de quem acredita que possa crescer na forma de se manifestar a respeito da segurança das mulheres em Minas Gerais”, disse o vice-governador.

“Que fique preso o tempo necessário e responda sobre todos os rigores da lei, não merece nenhum tipo de favor ou de consideração de quem quer que seja”, afirmou Simões.

Confirme os registros policiais, Laudemir foi atingido por um projétil de calibre 380. O calibre é o mesmo da arma que possui a esposa de Renê, delegada da Polícia Civil de Minas Gerais. A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar a conduta da servidora.

Como foi o crime?

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, Laudemir trabalhava na Rua Modestina de Souza, no Bairro Vista Alegre, na Região Oeste de Belo Horizonte (MG), quando, por volta de 8h, a motorista do caminhão, uma mulher de 42 anos, parou e encostou o veículo para que um carro pudesse passar.

Nesse momento, Renê, ao volante do carro, baixou a janela e gritou para a motorista que, se alguém encostasse em seu veículo, ele mataria a pessoa. Depois das ameaças, os garis, incluindo Laudemir, pediram que o suspeito tivesse calma e o orientaram a seguir o caminho. Mesmo assim, o homem, conforme as testemunhas, desceu do carro alterado e atirou contra o grupo, atingindo Laudemir.

Conforme os registros, a vítima foi atingida por um tiro que acertou o lado direito das costelas e saiu pelo esquerdo. Ele deu entrada no Hospital Santa Rita, em Contagem, na Grande BH, mas morreu momentos depois por hemorragia interna.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Renê foi localizado graças a relatos de testemunhas e análises de câmeras de segurança no estacionamento de uma academia, durante a tarde. Ele foi preso e teve a prisão em flagrante ratificada pela Polícia Civil pelos crimes de ameaça e homicídio qualificado, por motivo fútil e uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. Além do empresário, três testemunhas foram ouvidas e reconheceram o suspeito. Renê foi encaminhado ao Ceresp Gameleira.

compartilhe